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sexta-feira, 20 de maio de 2011

De antanho

Fonfonar, verbo intransitivo.

Significava tocar a buzina.

Porfiar, disputar.

Não fosse o Houaiss e o Aurélio, deles não lembrariam.

E cavoucar?

Narizes e ouvidos da minha infância guardaram para sempre.

Ninguém mais judia, aporrinha, encasqueta, dá e recebe cacholeta, bogue, cascudo e bacuri.

Guerra de espadas? Guerra nas estrelas.

Nenhum menino espera mais o desafiado.

E nenhum mais se empapuça com quebra-queixo, mindubi, pão-cheio.

Ficou cheia de não-me-toques essa terra de sonhos desfeitos.

Fonfon

Lógica invencível guia a prefeitura.

Encolhe sistematicamente as áreas para estacionamento.

Em contrapartida, adia o quanto pode solução inteligente para o transporte público.

Sem perder a carona.

Alguém sabe o rumo do casario posto abaixo no centro?

Sim, aquele a abrir vaga a centenas de carros.

Multas, sanções e reconstrução caíram em bueiro sem fundo.

Essa gente conservada em ruínas carrega “esquecimento” histórico.