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domingo, 15 de julho de 2012

Mercados marcados

O colosso ao lado é o mercado público de Santa Inês – um dos principais municípios maranhenses.

Tem certeza que o centro comercial popular da sua cidade é melhor que esse vistoso chiqueiro? Então volte a fita e veja qual trecho perdeu da extrema-unção.

Dos mercados de São Luís ninguém pode falar. Adjetivos e sujeira são impublicáveis.

Lembra daquele bordão a que você recorre diariamente após o almoço –“acabei de engolir, c´est fini”?

Experimente repetir o troço após conferir a “limpeza” de peixes e tripas no Mercado Central.

Bom apetite!

Vermelhidões de campanha

E depois que o candidato governista Washington Luiz se revelou “vermelho” ao mundo, fica a pergunta:

- A camiseta de campanha foi inspirada no PT ou na bandeira americana?

“Vermelho sempre foi o sangue do partido”, bajogam de lá.

E de uns tempos pra cá, também o preto, quando não repartem votos e urnas.

Não vá vestir a camisa pelo avesso. Não agora!

Os tubarões e os brancos

Após morte de surfista, Austrália fecha praias e caça tubarão branco.

Em São Luís encontram coisa bem pior nas praias e, quando muito, colocam um avisozinho de interdição:

“Esgotos e desgostos à vista e a perder de vista”.

Dos tubarões daqui, nem rastro.

E turistas? Viram algum a caçar resto de mar não-poluído.

O "peixe" alemão

Metido a falar bonito e difícil, um radialista solta a pérola durante a passagem do dirigível Graf Zeppelin sobre São Luís, nos anos 30:

- É um pisciforme icário!

A cidade veio abaixo com a definição, e o "peixe" virou troça nas rodas de intelectuais.

Atirados à rua

Não lembro disputa eleitoral em São Luís com concorrentes à prefeitura a demonstrar tamanha disposição por enfrentar a Rua Grande em caminhada.

Quem ainda não passou por lá aguarda vez em banco quebrado da Praça João Lisboa. E quem já passou espera sinal verde pra repetir a maratona.

O certo é que a rua mais popular da cidade tem novo status: versão retrô da Avenida dos Holandeses para pedestres, comércio ambulante, políticos reduntantes e estreantes.

A toda hora chegam notícias de carrinhos de pipoca e cachorro-quente em batidas espetaculares com isopores de sacolé e bikelanches. Poupança de freguês e cabeça de menino têm o mesmo efeito amortecedor, juram.

“Nem a 25 de Março se iguala em sofrimento”, reclama um camelô. “Traz o Sílvio Santos aqui e vê se ele consegue vender promessa pra esses candidatos”, desafia.

“Estou totalmente em casa na rua que é a minha grande preferida”, diz o camisa vermelha Holanda Júnior.

“Vermelha é cor que assenta melhor nas mulheres, ainda mais se a rua é grande e exige batom para que o eleitor nos veja, perto ou longe”, insiste Eliziane Gama.

“Calma, gente! A rua é quase tão grande quanto meu coração, e ambos vão ficar maiores quando eu fizer o metrô de superfície”, filosofa o prefeito candidato.

Ah, a Rua Grande!

Sabem o que há rumo ao Caminho da Boiada e Canto da Viração?

Eu não.