A fila andou

Depois de militares, bombeiros, delegados e policiais civis...

Detentos do Maranhão entram em greve de fome.

Comovente a solidariedade dessa gente.

Tem? Onde?

“Terra de Palmeiras”.

Um arraso a inscrição no portal de entrada da Feira do Livro.

Recorreram à frase, penso, em homenagem a Gonçalves Dias.

No próximo ano talvez lembrem de homenagear com uma só árvore a praça Maria Aragão – local do evento.

Que tal começarem por um pezinho de capim?

Tal lá, tal cá

Com o anúncio de tropas e tanques para a São Luís em greve policial, a cidade vai ficar com arzão de Rocinha nordestina.

E aqui na roça nem adianta chiar.

O de lá, por exemplo, nem chiou.

A Torre

Praça Maria Aragão terá árvore de Natal com cinquenta metros de altura.

Com altura dessas é possível avistar a chegada de Papai Noel ou as boas ações da prefeitura?

Revelações de guerra

Caso a greve não viesse à tona, quando iríamos saber de tantos coroneis PMs, e que vinte e três foram favoráveis à abertura de processo de deserção contra policiais e bombeiros?

Vinte e três?

Todos ativamente na ativa, e sem contar quem anda batendo continência à esquerda.

Na fila

Todo cuidado é pouco.

Com a adesão dos policiais civis à greve, só falta a Força Nacional agendar um tour de reconhecimento na Assembleia Legislativa.

Caso prove o churrasco, adeus às armas.

- Olha a fila!

Pecados capitais

A alça de tráfego ao lado do Ceasa, no Cohafuma, já exibe dois buracos no "asfalto".

E as máquinas da prefeitura mal saíram de lá.

E olha que o inverno ainda não deu as caras na capital.

Canos de pressão

Com o desconto de duzentos reais diários de cada policial e bombeiro em greve no Maranhão, as duas categorias vão entrar em 2012 pelo cano. Literalmente.

E esse dinheiro vai engordar o caixa do governo ou servir para promover concurso público para substituir os grevistas?

Mas afinal, quantos estão em greve e quantos ainda vigiam a caserna?

Carnificina evitada

Acostumado a greves de fome, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) até cogitou dar uma forcinha a militares e bombeiros hospedados na Assembleia Legislativa.

Mudou radicalmente de ideia quando soube que a dieta dos hóspedes incluía sacrifícios à base de feijoada e churrasco.

“Não era a pão e água?”, teria perguntado a assessores.

A vida é tela

Cruzei com Flávio Dino a passeio, neste domingo, na Avenida Paulista (SP).

Antes que perguntem, não vi nenhum policial ou bombeiro em greve ao lado do presidente da Embratur.

Os hóspedes

Foi de uma inabilidade grotesca a divulgação prévia do efetivo da Força Nacional que veio garantir a segurança de São Luís.

Trezentos soldados?

Algum era de Esparta e enfrentou as tropas de Xerxes?

Trezentos milicos, a arma mais pesada que o fardo de segurar o pepino alheio.

A rapaziada percebeu e mandou ver na Litorânea e e altose e baixos da cidade.

Bolsas, dinheiro e celulares renderam mais que os mariscos da Lenoca.

Arrastões?

À venda, a grito, nas melhores bancas de camelôs da Rua Grande.

E a greve dos policiais e bombeiros se manteve graças a quinhentos pães e cinco mil litros de água mineral.

A pão e água, literalmente.

E um jornal com um só título matou os trezentos sem espada.

“Parte da tropa está hospedada no quartel do 24º”.

Hospedada?

E em camisa de força.

Sabichão

Um concurso importante no Maranhão corre sério risco de ir para a berlinda.

Na chamada da prova de títulos – e é só um exemplo –, um dos candidatos apresentou doze pós-graduações.

Todas feitas num só ano.

A Igreja em xeque

A briga é boa e promete bons rounds.

A Igreja Católica, através da Diocese de Pinheiro, no Maranhão, obstrui há um ano e quatro meses acesso aos livros de Assentos de Batismos, Justificação de Batismos, Casamentos e Óbitos, da sua jurisdição, relativos ao período de 1838 a 1920, ao jornalista e pesquisador Cícero da Hora.

Para levantar tal obstrução, o pesquisador, por intermédio do advogado Emanuel Viana, ajuizou ação de exibição de documentos contra a Diocese, na quarta-feira, 16, no Fórum daquela comarca.

A imprensa brasileira só tomou conhecimento da existência do documento em 11 de fevereiro de 2010, após a assinatura do Decreto 7.107 pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva e sua publicação no dia seguinte. O documento reserva à Igreja Católica inúmeras garantias em prejuízo dos direitos dos brasileiros e estrangeiros que no Brasil se submeteram a seus ritos.

A resistência do bispo contraria o artigo sexto, e seu parágrafo segundo, do Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, instituído pelo Decreto presidencial 7.107, de fevereiro de 2010. Esta lei promulga o acordo entre o governo do Brasil e a Santa Sé, firmado em 2008 e referendado pelo Senado Federal, em 2009, relativo ao Estatuto da Igreja.

Por aquele artigo, as partes reconhecem que os documentos custodiados nos arquivos e bibliotecas da Igreja Católica no país constituem parte relevante do patrimônio cultural brasileiro e por isso esta se compromete a facilitar o acesso a eles para todos os que o queiram conhecer e estudar.

A Santa Sé, no entanto, incluiu no acordo, como pré-condição de acesso aos documentos, e o governo brasileiro aceitou, que fossem salvaguardadas as finalidades religiosas. E nisto os bispos se apegam para frustrar o acesso ao acervo às pessoas.

Após esgotar a pesquisa que empreende nos documentos de toda ordem existentes no Arquivo Público do Maranhão, inclusive os cedidos a este, em comodato, pela Arquidiocese de São Luís, o pesquisador se viu na contingência de buscar respostas às hipóteses do seu estudo em outras fontes primárias.

Neste caso, as fontes correlatas seriam os assentos de batismos, justificação de batismos, casamentos e óbitos - dos livros correspondentes das então freguesias dos hoje municípios Alcântara, Bequimão, Pinheiro, Santa Helena, São Bento, Bacurituba, São Vicente Férrer, Cajapió, Cururupu e Guimarães. E estes livros estão na Diocese de Pinheiro.

Após contato telefônico, Cícero da Hora endereçou, em junho de 2010, carta ao bispo da Diocese, dom Ricardo Paglia. Nela, ele indagou se naquela instituição havia aqueles livros. A ausência de resposta levou o jornalista a firmar nova carta, em 16 de setembro, ratificando os termos da anterior e solicitando manifestação.

O bispo, então, a respondeu em 18 de outubro, negando o acesso. O repórter ainda emitiu uma nova correspondência reafirmando seu desejo àquela autoridade, no mesmo mês, porém nunca obteve resposta.

Em face da obstrução, o pesquisador solicitou, em janeiro passado, ao núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri, gestões junto à instituição competente da Santa Sé, no Vaticano, para que obtivesse o desejado acesso.

Mesmo desejo também foi manifestado ao ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota. Dom Lorenzo respondeu ao desejo indicando que este era assunto da Igreja Católica no Brasil e que, portanto, nada poderia fazer. O ministro até agora não respondeu à solicitação.

Como tal impedimento fere ao interesse público, da ciência e ao direito básico de acesso às informações não cobertas por sigilo, amparados pelo Acordo Brasil-Santa Sé, artigo sexto, e pela Constituição Federal, no seu artigo quinto, o pesquisador resolveu representar contra a Diocese junto ao Ministério Público Federal, no Maranhão. Na instituição, firmou Termo de Declaração na Procuradoria dos Direitos do Cidadão.

De mesmo modo, comunicou o fato aos departamentos de História e Ciências Sociais das universidades Federal e Estadual, no Estado. Agora, no interesse particular, está recorrendo à Justiça Estadual para que o acesso aos livros seja garantido.

Sobre greves e revezes

Greves mal resolvidas deixam esteira de dores e rancores mal resolvidos.

Um dia o vencedor buscará o perdedor e nada encontrará senão indiferença.

Haverá gritos, nenhum socorro nenhum.

Duplamente limpos

Fraudadores americanos tomaram em torno de um milhão de dólares de idosos, a quem faziam crer que o governo proibira o papel higiênico tradicional e os obrigava a comprar outro tipo.

Os quem caíram na conversa compraram papel suficiente para 70 anos de uso, disse a Promotoria Federal do Distrito Sul da Flórida.

Colagem vaginal

Uma carioca de 22 anos colou a vagina para a primeira noite de sexo com o namorado.

Relação não consumada, rapaz desconfiado, ela assustada por não conseguir urinar, a confissão.

A noite perfeita terminou no hospital. Para remoção do excesso de cola.

Dúvida atroz

Garota de programa é presa com 16 pedras de crack na “xorina”.

Uma das chamadas de capa do jornal Extra (MA) de quarta-feira, 24.

E sempre persistirá dúvida atroz.

Quem carrega mais pedras e choro?

"Ela" ou o jornalismo.

Pensadores

Os pensadores do século XXI.

Perigo, assista

As forças de segurança perderam o medo do governo.

E o estado?

Sem graça e sem o ar da graça.

Diário da greve diária

Policiais, bombeiros e delegados em greve.

Quem não está em greve prenatalina em São Luís, entrou em férias escolares ou está em vias de entrar em trabalho de parto.

Nunca viram juntas tantas esposas de policiais grávidas. E prontas para qualquer encrenca.

Deve ser o clima grevista.

E o comércio pensou em baixar as portas, mas veio a contraordem: “nada que possa ser elevado merece ser baixado”.

Sente-se inseguro?

A Força Nacional também.

Dizem que irá às ruas, disfarçada, e tão bem que não a verão senão em fotos de jornal.

E a Assembleia amanheceu tomada por centenas de carros na quinta-feira.

E o povo a passar passou em frente que os nobres estavam de retorno ao trabalho.

E o povo gritou que a Assembleia ardia em chamas.

Não dessa vez. O fogo vinha da área em imitação de verde ao lado.

Os bombeiros gritaram pelos bombeiros, os policiais pela polícia.

E os nobres gritaram mais alto por receio que a casa não suportasse o próximo.

E alguém lembrou: “E os Leões não gritam?”. “Não, rugem. Bem, pelo menos, rugiam...”, responderam.

E lembraram em festa que a Embratur acenou passagens promocionais a grevistas, familiares e negociadores.

“É o Dino!”, alguém gritou.

E o impasse voltou à estaca zero.

Livros

A Bíblia é a publicação de maior tiragem no mundo. Há estimativa de que cerca sete bilhões tenham sido impressos desde 1542, em processo deflagrado por Gutenberg.

Um exemplar para cada habitante do planeta.

E a segunda em número de edições?

O “Livro Vermelho”, que reúne 427 citações de Mao Tsé Tung.

A Bíblia se insere na categoria best-seller – mais vendido. O
“Livro Vermelho”, não.

Os dois bilhões de exemplares que circulam pelos países comunistas e socialistas foram patrocinados, em maioria, pelo Partido Comunista Chinês, e distribuídos gratuitamente.

Na época de Mao, cada família chinesa era obrigada a possuir um exemplar do “Livro Vermelho” em casa, e a estudar seu conteúdo.

Os ideólogos do poder puniam aquelas onde o livro não era encontrado.

Marx e Engels, com certeza, produziram obra comunista bem mais densa e interessante.

Colheitas do novo tempo

Moradora do Maranhão Novo colhe pepino gigante de quinze quilos.

Se o Maranhão Novo é assim, imagine só quando colherem os abacaxis.

Te alui

“Te alui, menino!”.

E isso o cocorote próximo ao coco e a chamar menino à razão.

Dei ouvidos esta semana a expressão que antes equivalia a “acordar, atentar, se por em alerta”.

Adulto que a ela recorria ralhava brabo com alguém.

O Houaiss registra o verbo aluir, e traz significados bem diferentes.

Fazer o quê?

Com o passar do tempo, os dicionários desaprenderam o dizer e o sentir da gente.

Gigantes

Sete municípios maranhenses aparecem entre os cem maiores PIBs (Produto Interno Bruto) do setor agropecuário brasileiro.

Açailândia é o décimo sétimo no ranking nacional e melhor pontuado regional, segundo levantamento do IBGE divulgado nessa terça-feira, 22.

Vem a seguir São Raimundo das Mangabeiras (30º), Balsas (32º), Barra do Corda (40º), Bom Jardim (57º), Tasso Fragoso (70º) e Buriticupu (81º).

Sorriso, em Mato Grosso, aparece na ponta da lista, com R$ 791.159,00 (valor adicionado bruto da pecuária).

A riqueza movimentada por Açailândia atinge R$ 362.990.000,00.

Por Buriticupu, R$ 173.784.000,00.

À beira de um piripaque

“Aeroporto de São Luís atinge o pique de sua capacidade operacional".

Com esse pique todo, cuidado para não ir a pique.

De vez.

Salvem pelo menos as tendas de embarque.

Madeiraaaaa!

Fim do mistério.

As caixas d´água na praça Maria Aragão têm como propósito segurar a base da árvore de Natal montada pela prefeitura.

Agora que descobriram uma árvore em pé na cidade, resta torcer que a secretaria de Meio Ambiente do município não dê as caras por lá.

Na garupa da modernidade

Assembleia de São Paulo aprova lei que proíbe garupa em motos.

Já pensaram novidade assim chegando ao interior do Maranhão?

Vão estender a proibição a bicicletas e cangalha de jumento.

A briga vai ser feia se não deixarem de fora a carcunda de eleitor.

Para os dias de chuva

Às vésperas dos quatrocentos anos, São Luís tem qual idade? Média?

Lixo e esgoto às ruas, o mato das áreas públicas aberto a pasto e hospedaria de animais, centenas de cristos reencarnados em mendigos e sem-teto.

Há “Praça do Jumento” nas cercanias da ponte que dedicaram a Tribuzzi.

E o dezembro de águas virá e não lavará a cidade e as tormentas do poeta a cantar cidade de cantaria.

E o dezembro de águas virá.

Não cairão os desmantelos, mas os prédios históricos e a história abandonada nos cortiços.

Qual saúde e paz te deram, ruas inumanas?

Não cairão os muros baixos, a mediocridade, o falso ufanismo da França Equinocial, a cidade reencarnada em alumínio ácido.

E o dezembro de águas virá.

Tomara que setembro também.

Oinipotente

Oi tira site do governo do Maranhão do ar.

Da próxima vez, é provável, o governo por inteiro.

Com esse pessoal não se dá oi nem por SMS.

Além do além-mar

Mais que a viatura da ronda da comunidade estacionada em local destinado a deficientes físicos, a mim preocupa a “Litorânia” na carroceria.

Avenida pouca, ronda assim deve ir até os confins do além-mar.

E o competente inquérito policial a tamanha afronta à língua?

A vida costurada

Minha mãe, há anos, prometeu a uma neta deixar a ela máquina de costura quando morresse.

E a menina, mais perguntadeira que a vida.

- Vó, e quando vai ser isso?

Cansada de esperar, a menina cresceu e foi buscar outro querer.

Minha mãe cansou não. Ainda guarda a máquina para os bisnetos.

Aos olhos de La Touche

Segunda-feira plena para Félix Alberto Lima.

O jornalista e escritor premiados recebem o título de Cidadão Ludovicense, às 11h30, na Câmara, boa lembrança do também jornalista e vereador Batista Matos.

O rito vai sacramentar fato notório. A devoção a São Luís do sertanejo de Presidente Dutra e com infância em Barra do Corda – três cidades de único caminho.

A abastança do bem nascer e viver, e o observar da vida com a ventura e a aventura de outros olhos foram parar nos textos de reportagens e livros.

Sorte nossa, amigos e admiradores.

Jogo marcado

A Europa a amargar a pior crise econômica desde a 2ª Guerra, o desemprego no continente à porta de vinte e três milhões de novos inquilinos, e o Brasil a brincar de fazer Copa do Mundo com milhões de miseráveis sem um pão pela goela.

Adivinhe quem vai pagar pela bola, sem direito ao jogo?

O dia da impunidade

Domingo, 20, Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito, estabelecido pela OMS.

E o Dia Mundial de Punição a Quem Abusa do Trânsito, qual organização de saúde pedirá?

No domingo, mais vítimas fatais, mais impunidade.

Faturando um extra

Os bandidos rendem clientes e funcionários e os trancam no banheiro, sem a farda.

Com a roupa de trabalho, atendem novos fregueses e os “aliviam” dos pertences.

As armas mantêm a todos calados.

O alvo do grupo é o caixa eletrônico.

O trabalho não é executado porque o alarme do banco dispara.

Os bandidos fogem, o pavor toma conta dos reféns.

Este roteiro não é obra de ficção.

Aconteceu em farmácia na Cohama, esta semana.

A internet que você paga

O Brasil tem uma das piores taxas no mundo em conectividade. Ocupa a 163° posição em ranking que compara a média da velocidade da internet em 224 países.

No Brasil, a velocidade média de conexão é 105 KBps (quilobytes por segundo). Nos Estados Unidos, a média é de 616 KBps.

Quando acessamos a rede ficamos atrás do Haiti, Etiópia, Paquistão e Papua-Nova Quiné.

A internet nacional sequer existe quando comparada aos campeões de velocidade. O primeiro lugar é da Coreia do Sul, com conexão média de 2,2 MBps (megabytes por segundo), seguido pela Romênia (1,9 MBps).

Bulgária (1,6 MBps), Lituânia (1,5 MBps) e Letônia (1,4 MBps), países do Leste europeu, posam de primeiríssimo mundo quando o assunto é internet veloz.

Os dados são da Pando Networks, que assinala a grande discrepância entre a velocidade de conexão nos países de grande economia e países em desenvolvimento.

Ainda segundo o levantamento, Itapema, em Santa Cataria, possui a segunda conexão mais lenta entre as cidades avaliadas (61 KBps). Só perde para Algiers, na Argélia (56 KBps).

Por má pontaria

“O Maranhão ocupa a última colocação na Campanha Nacional do Desarmamento 2011, em termos proporcionais, com apenas 157 armas recolhidas”.

Aqui não há armas de fogo.

Quando muito, arco e flechas, chuços e línguas de trapo.

As mortes que a mídia noticia, vai ver, vieram de baladeiras de má pontaria.

A cor da chita

Depois do arranca-rabo da venda de imóveis em terrenos sem frente e sem fundos, começam a aparecer anúncios de “obra legalizada”.

Num dos panfletos, o construtor e a incorporadora enxertam uma “Casa do Tarzan” entre os equipamentos do novo condomínio.

E pra que diachos o investidor vai querer um troço desses?

Para dormir com a Jane ou embalar a chita?

Com o perdão de El-Rei

Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

Sentença proferida em 1487 o processo contra o Prior de Trancoso.

Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7.

O crime

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois
anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos
rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e
mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos.
Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo
feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".

O perdão real

"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos
dezessete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".

Apostas à mesa

O que virá primeiro?

O fim do mundo em 2012 – segundo o calendário Maia – ou o final das obras do aeroportinho do Tirirical?

Uma dica: jogue todas as fichas na primeira opção.

E sem perder o rumo da prosa.

Qual voo cego tomaram as comissões parlamentares que iriam resolver os problemas do Tirirical numa canetada?

Faltou tinta ou caneta?

Testemunhas

Quantos homens e mulheres estão inscritos no programa de proteção à testemunha no estado?

Qual o gasto mensal do governo para manter o programa?

A quem se interessar pela pauta, favor não revelar nome e endereçoatuais dos protegidos.

Estamos sós?

A última missão tripulada à Lua ocorreu em 1972, com a Apollo 17.

Um ano depois, a Nasa teria enviado, em segredo, três astronautas ao satélite, com a missão de recolher rochas e realizar experiências.

Na superfície lunar eles teriam encontrado uma nave russa, cosmonautas mortos e avistado alienígenas.

Essa seria a explicação para o Homem jamais ter retornado à Lua.

A Nasa nunca confirmou a Apollo 18 e sua viagem extraordinária.

Os ingredientes servem de roteiro – fraco – para filme homônimo, supostamente produzido com pedaços de 86 horas de gravação feitas pelos astronautas norte-americanos.

Ninguém espere uma superprodução. Exceto trechos raros, Apollo 18 é entediante.

Vale assistir? Por curiosidade, sim.

Passageiros

“Maranhão se destaca na produção de grãos”.

E nenhum grão da “riqueza” fica no estado ou traz melhorias a essa gente.

Transformaram Balsas e Chapadinha em pólos gigantescos de soja.

E a dinheirama?

Os produtores do Sul e Centro-Oeste levam para as regiões de origem.

Em Balsas, soja e favelas à porta.

Qualquer dia, nem o rio fica.

Sem toques

“Não pegar na mão até o noivado, beijo de língua e sexo só na noite de núpcias”.

Discurso da Igreja Celular Internacional, da pastora Sarah Sheeva, filha de Baby e Pepeu.

Faz inteiro sentido o nome da congregação.

Não toca, não se toca.

A caminho da OEA

O estado pode entrar em maus lençois caso cheguem à OEA (Organização dos Estados Americanos), órgão da ONU, denúncias de descaso com as vinte e nove famílias de meninos emasculados no Maranhão.

O corte das pensões e o não-cumprimento de cursos profissionalizantes são questões contornáveis.

O bicho pega pra valer com a notícia, não-confirmada, de que a OEA mandou produtos que famílias nunca receberam.

Segundo a crônica policial, o mecânico Francisco das Chagas Rodrigues de Brito teria morto e mutilado quarenta e um meninos no Maranhão e Pará, entre 1991 e 2004.

Começar de novo

Cayetana Fitz-James Stuart, a duquesa de Alba, 85 anos, casa com Afonso Díez Carabantes, 60.

As pontes

“Pontes de São Luís servem de teto para 70 famílias”.

E dessas famílias, quantas servem de ponte e teto a políticos?

Concorrentes

Virou rotina em São Luís.

Mal começam a apagar um incêndio, os bombeiros interrompem o trabalho para reabastecer os carros.

Sem salários, sem hidrantes, e concorrência à porta.

Não há ponto de água em São Luís que os lava-jatos não tomaram conta.

Caixa de Natal

Há algo de novo – e estranho – nesse final de ano na praça Maria Aragão.

A armação metálica que deveria amparar árvore de natal recebeu o enfeite de dezenas de caixas d´água.

A arrumação é para esperar chuvas ou o mar de defronte?

O chato desses improvisos é que a gente fica sem saber onde começa o vazamento.

O garanhão

O ministro Edison Lobão é uma das personalidades assíduas do humor online do “The-piauí Herald”, o blog diário da Revista Piauí, de O Estado de S.Paulo.

Os textos pintam um ministro garanhão, com minas e energia o suficiente para abalar o casamento dos príncipes William e Kate, e outras peripécias.

A princesa teria conhecido Lobão, ao abrir, distraidamente, uma brochura intitulada “Processos e Perspectivas para um Plano Diretor de Energia Eólica – O Caso Brasileiro”, apimentam os cronistas.

Em outro episódio hilário, Lobão se vê seduzido por uma camareira de hotel.

A quem quiser ler as crônicas:

http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/herald

O infeliz

Tem pobre diabo que não sabe onde por o rabo.

Pois um deles – piercing e brinco – abriu comunidade no Orkut com o título “Jesus devia ter apanhado mais”.

Até agora, o coisa-ruim já atraiu mais de mil seguidores.

O que dizer de demo que escreve “infelismente”?

Vai ser analfabeto assim no quinto dos infernos!