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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

E seu Noronha?

Entro em shopping de São Paulo atrás de um terno. Na primeira frase, ao perceber a voz de taquara rachada, o vendedor logo sabe: sou do Maranhão.

- E o seu Noronha?, pergunta.

- Morreu!, informo.

O homem parece aturdido com a notícia.

- É por isso que nunca mais apareceu... Perdi um grande cliente. Era um grande contador de histórias. Aqui na loja não há quem não gostasse dele. Fazíamos roda para ouvi-lo.

Confirmo as qualidades do cliente morto e acrescento outros causos ao anedotário do primeiro grande marqueteiro autodidata deste estado.

Seu Noronha repetia com gosto cada troça que dele faziam.

E enquanto perdiam tempo em tentar ridicularizá-lo, enchia a burra com a venda de carros e serviços.

Vendedor por excelência, saiu da vida com lucro.
Quarto no ranking nacional em casos de hanseníase; primeiro no preço médio do almoço.
A continuarem esses recordes, até julho faltarão medalhas e troféus aos campeões de um sem-número de modalidades.

E também o basquete traz valiosa contribuição ao quadro de medalhas.

Conhecem outro estado com igual número de políticos e atletas atendidos em Upas?

E algum que mantenha fotógrafo de plantão para o flash de celebridades lesionadas?