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domingo, 4 de setembro de 2011

Nota fúnebre

“A Construtora Norberto Odebrecht se solidariza com os familiares, amigos e colegas de trabalho das vítimas e ratifica que está prestando toda a assistência necessária às famílias dos empregados”.

Quantas famílias, afinal, possuía cada um dos dois empregados mortos durante servidos de concretagem de viga em área da obra do Píer IV, na Ponta D´Areia?

Alguém sabe o que significa assistência necessária pós morte?


Brinquedo caro

Ferros retorcidos, concretos aos pecados, tijolos amontoados, ferrugem, abandono.

Esse é o quadro do aeroporto de São Raimundo Nonato (a 503 quilômetros de Teresina), obra que deveria custar R$ 20 milhões, já consumiu R$ 25 milhões e ninguém sabe quando ficará pronta.

A pista de 1.650 metros de comprimento sequer é apta a receber voos comerciais. A Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) só homologa pistas para grandes jatos a partir de 2 mil e 500 metros.

Foi vencedora da licitação uma construtora pequena e desconhecida, em licitação em que a Norberto Odebrecht foi desqualificada.

A obra foi parar na construtora Sucesso, do senador João Claudino, um dos mandachuvas do Piauí e dono do Armazém Paraíba.

O Estado de S.Paulo traz matéria de página sobre o escândalo na edição deste domingo, 4, com chamada de capa.