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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Limpeza moral

É ritual inusitado em eleições.

Os candidatos adoram pisar em sujeira alheia que, em condições normais, não encontrariam com mapa ou GPS.

A própria, nem o Aterro da Ribeira suportaria.

Será tarde?

Diariamente, centenas de malabaristas, engolidores de fogo, cheiradores de cola e suja para-brisas garimpam moedas nos semáforos de São Luís.

Estudar não pode ser mais difícil que o “ofício” das ruas, pode?

Quer mais?

Você não percebe, mas ultimamente não há dia ou noite em que eles não estejam em seu caminho.

São os agitadores de torcida, ou bandeirinhas de candidatos.

Pensa que é fácil fazer igual?

Então tente cozinhar o juízo sob o sol quente, torcendo por time que nem é o seu e com vale-transporte de jogador “bichado”.

Tente não destroçar a munheca após quarenta e cinco mil malabarismos; tente dizer aos pés e rótulas que existem e estão ali, você é que não sabe onde.

Pergunte a qualquer bandeirinha qual o número do aspirante a cargo que sacode como um louco, e ele dirá entre zero e um.

Pior é o dia seguinte, quando a vida em caco pede bis.

A recompensa

Tentei puxar pela memória, mas não descobri qual meu último voto para prefeito e vereador.

Nunca pensei que vinte anos longe das urnas tivessem efeito tão compensador.