Meteorologistas e São Pedro definitivamente
não se entendem sobre o clima em São Luís.
Os primeiros previram chuva “leve a
moderada” na quarta-feira.
Se o que a cidade viu esta tarde não foi versão
mirim do dilúvio da madrugada, não vacile: confie no que sinaliza o céu.
O prefeito, por exemplo, vive com os olhos voltados
para o alto.
E olha que o clima sobre ele não é dos
melhores.
Para quem se escafedeu do desfile carnavalesco por falta de recursos municipais, o prefeito Holanda Júnior terá que
desembolsar uma Sapucaí no conserto de São Luís após o dilúvio dessa madrugada.
O pede-pede à porta do La Ravardière deve
ter início no raiar da quinta-feira.
Correrão a ele feirantes sem teto e
sem-teto sem feira.
Oxalá o prefeito corra mais rápido que as próximas
chuvas e o próximo Carnaval.
Se única chuva foi capaz de deixar São Luís
em pandarecos, imagine o que esperar de um inverno inteirinho.
Parte de muro de hospital, no Jaracati, veio
ao chão e clama por UTI.
No Maiobão, mais fácil cair em tentação que
tentar sair de casa, descobriram os moradores.
Nem os mortos de Ribamar puderam descansar
em paz.
O aguaceiro invadiu a pista em frente ao
cemitério e, por pouco, não os traz de volta do outro mundo.
E o Lava-Pratos deste final
de semana?
Até lá, reze para São Luís, São José, e
para os que cuidam dos céus aqui na terra nos permitam sãos e salvos.
Amém!
Haverá
gente de plantão na quarta-feira para contar os estragos por São Luís, e atirar
um VLT de denúncias contra o ex-prefeito.
Caso
venham mais dilúvios com o dessa madrugada, Holanda Júnior fecha o primeiro ano
de gestão com a alma lavada.
Sabia por
que não choveu aqui em dezembro e janeiro?
Culpa de
Castelo, juram.
Curioso como nenhum jornal ou jornalista saiu a
chafurdar o quê andou aprontando o prefeito Holanda Júnior no Carnaval.
Depois de sustar o desfile carnavalesco em São Luís,
sabe-se lá mais o que o gestor ordenou cancelar nesse período de tão poucos
castelos e nobreza tiquinha.
Uma área enorme por trás do condomínio Barramar é
rapidamente terraplenada para dar lugar a centro comercial.
Deve sair daí novo shopping.
São Luís adora construir essas “praias artificiais”,
mesmo que não apareça vivalma em justificativa ao empreendimento.
Há quem acredite: o fenômeno mundial nasceu aqui.