Santa Luzia do Paruá é a cidade mais violenta do
Maranhão.
Conhecesse São Luís a santa saberia: estamos mais
próximos do Inferno de Dante que Bento XVI da aposentadoria; e ela, da
sacristia.
E o quê tanto matam no Paruá que o santo daqui não
possa contar e perdoar?
Aulas, tempo ou quem muito fica a espiar?
Maranhão aparece como o segundo estado em número de
mortes por arma de fogo no país.
Somadas as mortes por armas brancas, trânsito, fome,
desnutrição, drogas e parto, somos o primeiro lugar disparado no país.
E olha que nem acresci os mortos de vergonha e
curiosidade.
Ingressos para
jogo de Zico e amigos a R$ 30 e R$ 40.
Em São Luís?
Vou esperar uma
década e os 70 anos do homenageado, e ver se abaixaram a crista do “galo”.
R$ 30 e R$ 40?
Imagine se a
pelada fosse contra os inimigos do Flamengo.
Li neste sábado
em jornal que o Maranhão vai receber R$ 337 milhões com os royalties do
petróleo – quase R$ 100 milhões a mais do que citei aqui, ontem.
Devagar com a
notícia, para não se engasgar com o entusiasmo.
Onde já não
plantavam nem milho e feijão, agora, nem bananeira.
A tolerância dos
apaixonados ludovicenses é extasiante.
Na próxima semana
completa um mês que parte da Praça Gonçalves Dias veio abaixo com o dilúvio da
Quarta-Feira de Cinzas e, até agora, nada de restauração do outrora festejado
Largo dos Amores.
Estivéssem à espera do poder público, do poeta não se conheceria um verso.