A incidência de roubos e assaltos na
Baixada Maranhense atingiu índice assustador, tanto faz ser Natal ou São João.
E olha que magote daquele povo deixou a
região rumo a São Luís. Cansou de esperar tempo bom que só dá as caras com lábia politiqueira.
Quem tentou retornar para o Carnaval bateu de frente com filas intermináveis por chão e mar.
Ainda agorinha, sortudo era quem escapulia dali.
Você pediria socorro ou pagaria por leito no Socorrão I?
Sempre solitário, passava horas à beira-mar,
o calorzão de São Luís tiquinho a tanto empenho.
Era pescador de técnica extravagante,
diziam.
Atirava a linha e repetidas vezes a
recolhia quase imediatamente. Em seguida, voltava a esticar o braço rumo à
água.
Quem o visse assim logo pensaria num campeão
de capturas ou um afobado. Nem uma coisa, nem noutra.
Durante anos “pescou” assim os seus
cigarros de diamba, quase anônimo aos transeuntes, uma prosa sem fim com Iemanjá.
Os eleitores de Domingos Dutra (PT-MA) estão
apreensivos com sua transferência para a “Rede”, o novo partido fundado por Marina
Silva.
Magro com está, e adepto das greves de
fome, o deputado tanto pode pular na rede,
cair da rede ou deitar na rede, e não ter forças sequer para
levantar fio do bigode.
Rede?
Talvez nem a ex-ministra saiba explicar o porque do nome.
Há quem jure, contudo, tratar-se de
homenagem singela à Bahia.
E se Dutra tiver em mente rebatizar o
partido como Puçá?