Total de visualizações de página

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Haverá sangue?

Como você reagiria caso chegasse a um saite onde jovens modelos vestidas se exibem com a menstruação a escorrer pelas pernas?

Não é truque de Photoshop, mas suposto “editorial de moda” do Vice (apesar do português dos textos, a pronúncia é vaice, do inglês).

A ideia do pessoal talvez fosse essa mesmo: chocar.

A quem não tem aversão à coisa, e transita com desenvoltura no mundo dos mortos de curiosidade, vai o endereço do hemocentro virtual:

www.vice.com/pt_br/read/havera-sangue

Chocado?

A internet – pasme! – está mais para hematófagos (os que se alimentam de sangue) que hematófobos (os que têm horror a ele).

Feliz transfusão!

A ilha das fantasias

O estado caminha para mais um recorde nacional.

60% de reajuste na conta de água, e de uma só torneirada.

A partir de segunda-feira, nada de canos e esgotos estourados nos bairros de São Luís, nada de racionamento, nada de carros-pipa.

O desejo vai se realizar?

Por ora, por conta da sua imaginação.

Denúncias de pai


O assassinato de Décio Sá pode estar relacionado com a morte da estudante piauiense Fernanda Lages. A execução do jornalista e blogeiro seria consequência das denúncias que fez sobre o envolvimento de político maranhense com casos de prostituição em Teresina.

As afirmações são do pai de Fernanda, Paulo Lages, ao Portal AZ
(www.portalaz.com.br), dia 04. Na entrevista, ele fala de terceira morte que sugere ligada com as de Fernanda e Décio: a do empresário e fotógrafo Delson Castelo Branco, dono do site de baladas "Galera Show".

"A gente acredita que há ligação [morte de Décio] porque uma tia dela tem uma irmã que mora em São Luís e ela ia para lá. Esse sujeito [deputado maranhense acusado de envolvimento com garotas de programa no Piauí] é meio da noite. Ele é envolvido com o pessoal de Teresina. A morte desse rapaz [Décio] se deu não pela morte da Fernanda em si, mas por que ele disse que esse político tinha de coisas erradas aqui no Piauí", disse Paulo Lages ao AZ, sem contudo citar nomes.

As circunstâncias da morte de Fernanda Lages conduzem a mistério sem fim. Até hoje não é possível provar se a estudante cometeu suicídio ou foi assassinada, como prefere a família. A repercussão do caso levou a Polícia Federal a investigá-lo.

A exumação do corpo pela PF, na semana passada, revelou que Fernanda recebeu golpes de madeira ou ferro na cabeça e costas. A família disse ter o nome dos suspeitos, porém não os mencionou.

O alvo preferencial de Sá no caso Fernanda Lages foi o deputado Marcos Caldas. A IstoÉ chegou a afirmar que o político maranhense fora chamado pela Polícia Federal para depor no processo de investigação. Caldas desmentiu a revista ao mostrar certidão negativa do órgao.

Façam suas apostas!


O compositor Donga e o jornalista Mauro de Almeida são os autores de “Pelo Telefone”, e primeiro samba gravado no Brasil (1917).

A música caiu no gosto popular e, já no ano seguinte, estourava no carnaval carioca. A versão mais recente o país conhece pela voz de Martinho da Vila.

O enredo de “Pelo Telefone” é espetacular, sobretudo porque envolve fato real, autoridades, contravenção, provocações e suposta apropriação indevida – e sem créditos – da letra.

O chefe de polícia do Rio, Aureliano Leal, seria o alvo dos versos onde é citado como informante de contraventores. Indica “pelo telefone” o local dos jogos de roleta – o Largo da Carioca.

O livro “80 Anos de Brasil” traz outra história. O Largo abrigou dezenas de roletas, contudo ali instaladas por ordem do jornalista Irineu Marinho, dono do jornal “A Noite”, e pai do também jornalista Roberto Marinho, das Organizações Globo.

A trama e a letra de encomenda seriam formas de desmoralizar Leal perante a opinião pública (bons tempos os de quando funcionava!).

Em 1916 o jogo estava proibido no Rio. O chefe de polícia soube das roletas e mandou fechá-las por telefone – daí a referência do título e letra.

O próprio Donga tinha dois depoimentos sobre a música e sua origem: ora citava “chefe de polícia”, ora “chefe da folia”.

Sobre a letra de Mauro de Almeida há pesquisadores que reconhecem inéditos somente os primeiros versos de “Pelo Telefone”. Os outros eram populares entre sambistas anônimos.

O disco nasceu Bahiano


Manuel Pedro dos Santos, o "Bahiano" (1870-1944), é oficialmente o intérprete do primeiro disco gravado no Brasil. Eternizou em 1902 o lundu “Isto é Bom”, de "Xisto da Bahia".

O "bolachão" foi lançado pela Casa Edison, do Rio, do empresário tcheco Fred Figner, que depois fundaria a Odeon – um marco na história fonográfica nacional.

Sem os recursos tecnológicos atuais – que “transformam” qualquer “pinto rouco" em barítono –, os cantores de época tinham, obrigatoriamente, de ter voz potente para as gravações.


* lundu é música popular de origem africana.

** os discos de 1902: eram de cera de carnaúba e reproduzidos em gramofones com funcionamento a corda.

*** “Bahiano nasceu em Santo Amaro da Purificação, terra dos irmãos Caetano e Bethânia.