Total de visualizações de página

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ziriguidum

Agosto de 1928.

O Rio de Janeiro assiste a criação da primeira escola de samba do país: a “Deixa Falar” , mais tarde rebatizada “Estácio de Sá”.

No início do século XIX, os entrudos tomavam de assalto as ruas do Rio.

Há bons registros do Carnaval no Brasil “independente” de 1822.

Bilac, o poeta, via na festa uma volta temporária aos tempos dos costumes bárbaros.

Ao contrário do que muitos supõem, o carnaval não nasceu brasileiro, mas europeu.

Rei Momo, pierrô e colombina não primos ou parentes distantes do curupira ou do saci-pererê.

Carnaval.

"Período anual de festas profanas, originadas na Antiguidade e recuperadas pelo cristianismo, e que começava no dia de Reis (Epifania) e acabava na Quarta-Feira de Cinzas, às vésperas da Quaresma [Festejos populares provenientes de ritos e costumes pagãos, caracterizavam-se pela liberdade de expressão e movimento.]”, anota o Houaiss.

As marchinhas – gênero musical em extinção – contribuíram decisivamente para a popularização da festa. Braguinha foi mestre insuperável na matéria.

Mas se o carnaval não nasceu no Rio, foi ali que se transformou em espetáculo internacional.

Belíssimas mulheres seminuas, licenciosidade, cifras estupendas a garantir o luxo e a grandiosidade dos desfiles.

E o Rio inventou as escolas de sambas puxadas pelo jogo do bicho e, mais tarde, pelo tráfico de drogas.

O carnaval “nacional” é indústria efervescente e ininterrupta. Trezentos e sessenta dias por ano, noite e dia.

E as belas mulatas, “de requebros febris”, foram trocadas por musas televisivas e pelo culto ao silicone e "bombas" de academia.

O Carnaval do futuro, só a Globo dirá.