Viram a peça publicitária do
governo sobre o novo sistema de abastecimento d´água de São Luís?
Tudo belo e muito tecnológico,
até que o ator Odilon Wagner puxa a conversa “...deve acabar com o rodízio nas
áreas afetadas...”.
Deve acabar?
Ora, se o governo não tem
certeza do que faz e alardeia, quem terá?
A Globo ou o consumidor?
Praças de São Luís penam sem
conservação.
O patrimônio particular de quem
deveria cuidar do espaço urbano coletivo, ouve-se, mostra conservação e
expansão exemplares.
Conhece nossas praças? É um
passeio educativo, garanto.
Vá e aprenda como prosperam animais
vadios, mato e franquias que jamais pensou existir.
Não há turista que não adore;
não há um que não explorem.
Pedem empregos para filhos,
afilhados e amantes.
Vaga extra no estacionamento,
bancos sem filas e primeira fila nas estreias.
Pedem lenço e colírio, quem lhes
mantenham os olhos cerrados.
Arroz pilado, salário dobrado
e, por direito, chegar atrasado.
Pedem cargos, cargas, recargas
e as sobras do teu caldo.
Que o dia seja noite e, se
possível, feriado no outro dia.
Pedem bolsas e auxílios, benfeitor
exclusivo que caiba em mala e sacola.
Carnavais de janeiro a
novembro, e que dezembro só traga natais.
Pedem socorro e doações, e quem
os ensine a gerir sofrimento.
Pedem tanto neste estado que, nesse
estado de coisas, mais difícil que os pedidos é achar quem não os tenham
recebido.