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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Pela saída dos fundos

Sorte muita a dos municípios do Maranhão com mais eleitores que habitantes.

Passada a campanha e a eleição, somem os “vizinhos” anônimos, a barulheira dos comícios, o mutirão de promessas arremessadas a atacado dos palanques.

For esse o custo final por três anos de calmaria, o preço é baixinho, ainda que vez por outra venham lhe contar sobre ponte caída de velhice, de fome de estudante ainda maior que a merenda escolar, de colégio de taipa que desaprendeu a se guardar pro inverno.

Fazer o quê, se o tal do fundo do poço a cada mês fica mais raso?

Dúvida viciante

Ainda que a imprensa não toque abertamente em tema tão delicado, é impossível deixar de perceber a crise aberta na política ludovicense com a falta de vices.

Candidatos a prefeito há de sobra, para todos os gostos e matizes, mas vice que é bom, só com promessas a São Pedro e São Marçal. Nem sei se há bois e boieiros preparados a tanto pede-pede.

A exceção a esse infortúnio vem do Washington Luiz – por sinal, vice da governadora Roseana Sarney.

Com o apoio de treze partidos, seria muito azar caso o candidato do governo desistisse da disputa por mero detalhe de composição.

O Marcos Silva (PSTU) tem vice. É mesmo? Quem?

O ex-prefeito Tadeu Palácio tenta seduzir a Eliziane Gama – para sua vice, claro! –, mas a deputada se mostra apaixonada por outro palácio: o La Ravardière.

O Edivaldo Holanda Júnior tenta sorrir a duplo fardo incômodo: posar de candidato de renovação e a falta de traquejo para encontrar vice mais novo que ele.

A condição do Washington é única e desmitifica o temor antigo de que vice não apita em nada.

Veja a questão por outro ângulo.

Nesse caso em particular, foi o deixou de apitar que o levou a merecer a indicação. Eleito ou não, essa é outra história.

E sabe quem é o vice ou a vice do prefeito João Castelo? Nem ele.

Fim de papo. O vice do Washington é o deputado Afonso Manoel, visse?

O sumiço do baú

Em agosto de 2009 foi divulgada nota em jornal local com anúncio da vinda a São Luís de descendente francês do “fundador” Daniel de La Touche.

O ilustre visitante traria tesouro histórico: a peça na qual o nobre francês guardou roupas e objetos de uso pessoal usados durante a viagem ao Maranhão.

Como o assunto não voltou à tona, cabem três perguntas.

O viajante tomou caravela errada, foi pilhado por piratas em alto-mar ou – o que é provável – a história não passou de mais um golpe do baú?

E eles?

O esquecimento é grave, mas nada que não possa ter algum remendo.

Pelo que saiba, nenhuma autoridade francesa – ou descendente de Daniel de La Touche – foi convidada a vir a São Luís prestigiar a festança dos 400 anos da única capital brasileira supostamente fundada por nobre da corte de Luís XIII.

Vai a dica.

Desde que ficou desempregado, o Sarkozy anda penando um bocado com o arroz de toucinho da Carla Bruni.