Total de visualizações de página

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Luz del Fuego

A mulher Dora Vivacqua pouco diz ao Brasil.

"Luz del Fuego" era a diva que o país dos anos 50 conheceu e se apaixonou.

Foi uma pioneira em ousadias e escândalos.

Apresentava-se como bailarina, serpentes entrelaçadas ao busto nu.

Naturalista e vegetariana, criou o Partido Naturista Brasileiro (PNB) com o dinheiro arrecadado com apresentações que fazia semi nua nas escadarias do Teatro Municipal, na Cinelândia, Rio.

Os familiares conseguiram proibir o partido. Os irmãos a internaram em manicômios para curar as sandices. A "louca" prejudicava seus projetos políticos no Espírito Santo.

Luz del Fuego é autora de "Tragico Black Out" e "A Verdade Nua" .

No primeiro livro conta peripérias amorosas - uma delas com o cunhado, marido de uma irmã, com quem foi flagrada em ato sexual - e prega o nudismo e a alimentação vegetariana. O segundo foi recolhido pelas autoridades. A segunda edição foi vendida por reembolso postal.

Recebeu do Ministro da Marinha, com quem teve um caso, permissão para morar na Ilha do Sol - onde fundou um clube de naturismo que seria visitado por grandes estrelas de Hollywood.

E foi na Ilha do Sol que morreu assassinada em 1967, por dois irmãos, supostamente por vingança. Um dos assassinos teria crimes denunciados por ela à polícia.

Luz del Fuego.

O codinome dá título a filme sobre a vida turbulenta da bailarina. Fraquinho, nem Lucélia Santos o salva.

Luz del Fuego foi uma das poucas brasileiras a ser capas da revista Life.

Dor espichada

Tomara que o motel onde a adolescente passou 24 horas sob a mira da arma de um sequestrador não tenha a "brilhante" ideia de transformar o episódio em motivo para mais uma suíte temática.

Como a "Suíte Sado" é uma das atrações da casa, só se for para espichar a dor do chicote.