Enquanto aqui
fora batem cabeça entre culpas e desculpas, os detentos de Pedrinhas dão
seguidos espetáculos de competência.
Ninguém melhor
que eles na arte de escavar túneis sem topar com policiais, esgotos da Caema e a BR-135.
Três túneis
descobertos hoje; nem imaginam quantos mais a caminho.
Tivesse
ferramentas adequadas, a nossa engenharia penitenciária provocaria rombo feio e
longo na imagem do estado.
Parou ou não por
falta de recursos federais, a via que tornaria São Luís mais esplêndida que a
Via Láctea corre o risco de ficar na obscura companhia do tal VLT.
O ludovicense
deveria estar acostumado.
Fora da vitrine,
o que aqui não dá passo em falso, cai em compasso de espera.
A quem
interessar o motivo a deixar São Luís de fora da rodada de negócios
do petróleo:
Há décadas
esburacam impiedosamente a capital, e o máximo que conseguem enxergar é a coisa
preta.
O petróleo
exerce poder mágico na economia mundial, e não é diferente por aqui.
Prefeitos entusiasmadíssimos
com a venda de blocos de exploração neste Estado espalham rápido pela Rádio
Pequi:
“Ouro negro”, “nota
preta” e “a cor do dinheiro” são parentes queridos da família que voltam pra casa.
A deles.