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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Para os dias de chuva

Às vésperas dos quatrocentos anos, São Luís tem qual idade? Média?

Lixo e esgoto às ruas, o mato das áreas públicas aberto a pasto e hospedaria de animais, centenas de cristos reencarnados em mendigos e sem-teto.

Há “Praça do Jumento” nas cercanias da ponte que dedicaram a Tribuzzi.

E o dezembro de águas virá e não lavará a cidade e as tormentas do poeta a cantar cidade de cantaria.

E o dezembro de águas virá.

Não cairão os desmantelos, mas os prédios históricos e a história abandonada nos cortiços.

Qual saúde e paz te deram, ruas inumanas?

Não cairão os muros baixos, a mediocridade, o falso ufanismo da França Equinocial, a cidade reencarnada em alumínio ácido.

E o dezembro de águas virá.

Tomara que setembro também.

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