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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Os spamtalhos

Espero há uma década as graças de milhares de e-mails recebidos e, com idêntica fé, devolvidos a quem quis tanto bem a destinatário anônimo. Sou eu o dito cujo.

Pediram-me quatro minutos, o dia seguinte, não sei de Jack Bauer que tenha esperado 24 horas mais.

Nossa Senhora, o Espírito Santo, o Buda da Sorte. Esse pessoal é mais íntimo aqui de casa que o feixe de contas a pagar.

Não houve promessa descumprida, terço não rezado, corrente que não reforçasse, menino sumido que não encontrasse.

Pediam-me envio a sei lá quantos destinatários? Mandei ao dobro, pelo menos.

Longe de mim ser tachado de estraga prazer da fé que move o mundo em rede.

O mundo tem fé?

Fé demais, e tempo medonho pra entupir a vida com todos os megas que céus e infernos, ressabiados, devolvem sem remetente.

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