Total de visualizações de página

sábado, 10 de março de 2012

Melodia noturna

Sábado, sete da noite.

Tocam a campainha e vou atender. Um homem altíssimo, negro, um vara-pau, pede ajuda.

Fora assaltado, corria o risco de perder o emprego, precisava de dezessete reais para voltar para casa, insiste.

Puxo dois reais do bolso e entrego a ele. O “pidão” agradece – “já é um começo”, retribui – e vai buscar outro “colaborador”.

Antes de sair da minha vista, reparo. O magrelo tem roupas limpas e em ordem (camiseta e bermuda), tênis e relógio. Não há cheiro de bebida.

Golpe? Sei lá.

Exceto pelo bigode ausente, o homem era sósia quase perfeito de Luiz Melodia.

Fui "cantado" por quem gosto tanto. Amém!

Nenhum comentário:

Postar um comentário