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sábado, 12 de maio de 2012

Memória apagada

Em 1829, D. Pedro I nega autorização para o estabelecimento da Biblioteca Pública Provincial do Maranhão.

Ao expediente do presidente da Província, desembargador Cândido José de Araújo Viana, responde: devido “às circunstâncias das rendas públicas”, não seria permitida, naquele momento, nenhuma despesa extra.

O dinheiro público corre frouxo, entretanto, na boemia e orgias extraconjugais do imperador.

A Biblioteca foi iniciativa de Antônio Pedro Da Costa, o futuro Barão de Pindaré, e aprovada em sessão no Conselho Geral da Província em 8 de julho de 1826.

Nos anos seguintes, o acervo foi transferido a mais de uma dezena de prédios. Aos sucessivos diretores restou lamentar e denunciar as inúmeras perdas – extravios e furtos de obras.

Na gestão do jornalista e escritor Antônio Lobo, a biblioteca conheceu período de expressiva agitação cultural.

Fundador da Oficina dos Novos e da Academia Maranhense de Letras, Lobo – ao lado do também escritor Domingos Perdigão – lutou para vê-la instalada em prédio próprio. Ambos não conseguiram.

Antônio Lobo morreria em 1916. O atual prédio, na Praça do Panteon, em frente à Deodoro, foi inaugurado em 12 de setembro 1951.

Foi denominada Biblioteca Pública "Benedito Leite" em abril de 1958, em homenagem ao político que propôs sua reorganização.

O prédio do Panteon e o acervo? Talvez D. Pedro I saiba do tico que restou.

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