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sábado, 9 de junho de 2012

O furto das galinhas


Juliana, um mês de nascida, não comerá sua primeira canjinha.

Pelo menos não das galinhas carijó que o pai criava em invasão pras bandas do Calhau.

Um drogado levou as duas penosas, soube o criador. Foram trocadas por cinco reais. Uma pedrinha de crack tem o tamanho de montanha de pesadelos, vê-se em cada máscara de horror.

Outras duas franguinhas foram deixadas na engorda. O vício guloso e insaciável virá devorá-las.

Um dia quem sabe Juliana nos ensine a alimentar o mundo com novas esperanças.

As que vieram comigo, menina, sei lá onde perdi!

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