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domingo, 22 de julho de 2012

A namoradeira

Iziane não defenderá o basquete do Brasil em Londres.

Foi desligada pela ousadia de enfiar o namorado na concentração.

Outras atletas talvez quisessem o mesmo. Nunca o sacrilégio. Terão de conviver com cinto de castidade por bom tempo.

Com certeza, quando retornarem, terão perdido bem mais que o tempo. Tomara não percam o cinto e a viagem.

A celeuma amorosa logo na terra do príncipe Charles? Quantas renúncias por amor colecionam os ingleses?

O comitê olímpico vai liberar milhares de camisinhas aos atletas. O pula-pula sexual é permitido, não um parceiro exclusivo no clube das hortencinhas.

Jogadores de futebol ingleses e alemães abrem a porta da concentração a namoradas, esposas e litros de cerveja.

O futebol deles é pior que aqueles que se concentram em dinheiro e assédio?

O Brasil cinicamente pudico bate palmas ao corte de atleta que o envergonha. Herois metem a mão no erário e jamais erram cueca e meia.

Iziane é moleca atrevida. No caráter, no conduzir do jogo.

A moleca errou tanto na vida que o viver ainda teima com ela.

Não tenho receio ou dúvida em afirmar.

Iziane foi expulsa de quadra por ser negra, pobre e nordestina.

Tivesse nascido branca e no Sul ou Sudeste, nem o pedido de desculpas inventariam. Desculpas? Porquê?

Flor esquisita a hortência. Deixa cair pétalas, arremesa espinhos. Que logo encontre namorado. Caso não saiba onde, pergunte à namoradeira Iziane.

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