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domingo, 1 de julho de 2012

Caçada ao Zeppelin (parte última)

Alemães da companhia Luftschiffbau Zeppelin estiveram no Brasil em 1933 para escolha de área apropriada para pouso de dirigíveis. Na verdade, de um dirigível: o LZ-127.

O local determinado por estudos científicos – próximo à Baía de Sepetiba (RJ) – possuía 80 mil m². A doação foi chancelada pelo Ministério da Agricultura.

O hangar é inaugurado em dezembro de 1936, após três anos de obras diversas. É ativada a linha Frankfurt-Rio, com escala em Recife, com a presença de Getúlio Vargas.

Desde 1930, entretanto, Graf Zeppelin vem regularmente ao país. Após voo de 11 mil quilômetros e três dias e meio de viagem, o LZ-127 pousa em Recife, em 22 de maio.

A “criatura” de 235 metros de comprimento viera de Friedrichshaven. A chegada ao Rio ocorreu três dias mais tarde.

Friedrichshaven seria bombardeada pelos aliados, durante a Segunda Guerra, para impedir a fabricação de dirigíveis. Parte dessa “estratégia” tinha segundo objetivo: responder com energia ao bombardeio de Paris pelos zeppelins.

São encerradas em 1938 as atividades da Luftschiffbau Zeppelin, após crise desencadeada com a explosão do Hindenburg, nos Estados Unidos (Nova Jersey), um ano antes.

A morte de 13 passageiros e 22 tripulantes decreta final tráfico e melancólico aos gigantes infláveis.

Nunca ocorrera qualquer acidente com o Graf Zeppelin LZ-127, em qualquer lugar do mundo. Hindenburg, bem mais novo, iria sucedê-lo.

O Estado de S.Paulo de 17 de agosto de 2008 anuncia o retorno dos zeppelins ao cenário internacional de negócios.

Em “Zeppelin quer voltar ao céu do Brasil, após 70 Anos”, o jornal paulista revela conversa da empresa alemã com Petrobrás, Vale e CVC, de olho nas áreas de monitoramento ambiental, turismo, pesquisas científicas e mineração.

Estudo da companhia naquele ano apontou demanda mundial para pelo menos 40 zepelins.

Os zeppelins atuais dispensam o perigosíssimo hidrogênio, contudo a trajetória de retorno não parece segura.

O motivo? Faltam especialistas para conduzir os dirigíveis. Existem 13 pilotos de zepelins hoje no mundo, quatro deles em Friedrichshafen.

Mais que os raros exemplares, a complexidade na operação do aparelho é vista como a razão dos poucos pilotos.

E São Luís?

Quando os zeppelins voltarem, encontrem a ilha de olhos abertos.

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