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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Ensaie mais e não faça cena

Aonde foi parar o velho e bom sexo?

Caso não lembre o que era, siga a pista: o prazer dos amantes se reconhecia em rostos extenuados por felicidade cúmplice, cama e porta fechada suficientes a tanto desejo e lascívia.

Mas qual! Cena assim deve assombrar o imaginário de quem é do século passado ou os museus da pré-história.

Não há sexo atual que resista a uma boa exposição pública.

Quanto mais o público souber o que o casal faz, como faz e quantas vezes faz, mais amplas as chances de que ambos garantam mídia farta no dia seguinte.

É dispensável qualquer roteiro amoroso, desde que haja por perto câmera fotográfica ou filmadora, e quem saiba transformar intimidade em publicidade. E bem rápido, ou será de outro o recorde pelo hit.

E a mocinha recatada e pudica trocará o falido pequeno príncipe pelo inesgotável reino das pulitricas.

E virão contratos, convites para entrevistas, propostas por trabalho artístico ainda mais ousado.

Desmentidos, raiva e ameaças de processo são peças do jogo de cena. Garantem, no mínimo, cachê dobrado.

Pior que a invasão de big brothers é o aceno de fama e oscares a qualquer ator canastrão.

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