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sábado, 8 de setembro de 2012

Para um dia sem fim

O dia amanhece e não ouço o grito de Japiaçu em saudação à aniversariante.

Caprichei o ouvido para o sino das missas, mas nada!

As jandaias, sempre a acordar o quintal bem cedinho, logo hoje esqueceram da algazarra estridente.

Céu feio, esse, sem balões, papagaios e lanceadas.

Mar medonho, esse, de prata corroída por esgotos.

Verão na lagoa a serpente a morrer de desgosto?

Espiarão nos mirantes Nha Jansen, dona de todos os gostos?

Não aviarão um Zeppelin para a tua agonia aérea, São Luís?

Tenho em mãos o jornal a inventar o 8 de Setembro.

Quantas cidades inventaram em quatrocentos anos?

Quem inventou tua gente ludovicense, Upaon-Açu?

O rei que querias e amava a França que jamais conheceste?

Feliz aniversário, chão que teimo meu.

Ainda que há séculos não saiba de ti.


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