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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Toque na eternidade

Vi meu primeiro Carnaval de rua nos anos sessenta.

Pequeninas, as escolas de samba de São Luís desfilavam pela Avenida Magalhães de Almeida – ao lado lá de casa –, e dali rumo ao Mercado Central.

Para onde seguiam, jamais me deixaram saber.

Só eu e uns poucos a olhávamos. Samba e batucada eram "ofícios" de malandros.

Lembro-me dos batuqueiros e de seus instrumentos artesanais, do estandarte glorioso da “Marambaia do Samba”, das mulheres costuradas no melhor traje que a pobreza podia comprar.

Lembro-me de “Tarzan”, um ajudante da oficina de cartazes e sonhos do Cine Éden, também apegado. Era tocador de retinta ou repique, creio.

Carnaval, ritmistas, escolas, "Tarzan", o Cine Éden, a casa alugada onde morávamos na Rua de Santana, papai e Flávio morreram um dia.

Lembro não desses dias.

Às vezes tenho quase certeza. Fui antes.

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