
Pequeninas, as escolas de samba de São Luís desfilavam pela Avenida Magalhães de Almeida – ao lado lá de casa –, e dali rumo ao Mercado Central.
Para onde seguiam, jamais me deixaram saber.
Só eu e uns poucos a olhávamos. Samba e batucada eram "ofícios" de malandros.
Lembro-me dos batuqueiros e de seus instrumentos artesanais, do estandarte glorioso da “Marambaia do Samba”, das mulheres costuradas no melhor traje que a pobreza podia comprar.
Lembro-me de “Tarzan”, um ajudante da oficina de cartazes e sonhos do Cine Éden, também apegado. Era tocador de retinta ou repique, creio.
Carnaval, ritmistas, escolas, "Tarzan", o Cine Éden, a casa alugada onde morávamos na Rua de Santana, papai e Flávio morreram um dia.
Lembro não desses dias.
Às vezes tenho quase certeza. Fui antes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário