“A violência foi tanta que pedaços do cérebro da
vítima ficaram pelo chão”.
O texto acima descreve o “horror” de um jornalista de Imperatriz
ao detalhar um dos crimes registrados em maio na segunda maior cidade do Maranhão.
Assassinos e vítimas mal podem esperar pelo que o ele
escreverá em junho.
Há
certas contas que o próprio diabo não dá conta.
O
Maranhão tem sete mil policiais militares em atividade.
Caso
mil trabalhem na segunda-feira, onde estarão os outros seis mil na terça-feira?
Na clandestinidade?
Decepcionados
com resposta pífia do mercado aos mil encantos da sua área nobre, e com
pesquisa de prospecção de negócios que se revelou um fiasco, sócios de um shopping em
construção em São Luís
refizeram toda a estratégia de vendas das lojas.
Ao
invés de marcas consagradas, o empreendimento vai apostar em nomes consolidados
no gosto popular.
O
ludovicense está mais para Americanas que para Dolce & Gabbana, descobriram
os investidores.
A
mudança de tática não produziu bons resultados até agora.
Mesmo
com pátio de facilidades, cerca de dois terços das lojas esperam
interessados.
A
descoberta de uma barata na comida de restaurante é prova inequívoca: São Luís sai
na dianteira da ONU quanto à ingestão regular de insetos para matança da fome
mundial.
O
nosso ortóptero spoletensis, nesse caso, veio a conhecimento público por obra e
graça de criança de nove anos.
Com
tantos come-em-pé e lixeiros por aqui, nem ouso imaginar o que mais a miopia de adultos
e da vigilância sanitária deixa passar.
Pelo considerável
volume de contratos de prefeituras com postos de combustíveis, ou a economia
maranhense engata, enfim, uma terceira, ou despenca de ré na próxima ribanceira.
A dica de
pesca é de quem conhece marés e igarapés da Câmara de São Luís.
Caso insistam
com a tal CPI do Bom Peixe, os vereadores vão perder olfato e paladar, o melhor
da pescaria, e como transformam sardinha em lata em pizza enlatada.
Só por
curiosidade.
A comissão
parlamentar é para investigar desmandos da gestão castelista ou perder a pista do
inquilino holandês?
“A partir desta quinta-feira fica proibido o acesso às praias da capital”, estampam os jornais.
Certas notícias levam qualquer um a crer em conspiração internacional contra São Luís.
Ocas em lucidez e dados, a nota impõe veto definitivo a uma das raras opções de lazer na ilha.
O que está proibido, ou deveria, é o tráfego de veículos na faixa de areia – aporte inédito e decisivo do ludovicense ao incremento da indústria do turismo no país.
Os moradores praianos ficam livres da medida.
Azar nosso, os preços em bares e restaurantes, também.
Pelo
volume de carros que deixou São Luís, esta semana, rumo a feriadão de Corpus
Christi no interior, deu para perceber:
Aos
motoristas parece tarefa mais fácil enfrentar, no corpo a corpo, os gargalos do
Estreito dos Mosquitos, que se metamorfosear de mosquito para ludibriar o
trânsito da Avenida dos Holandeses ou as tropas holandesas e seu arsenal inesgotável de multas.
Além
de tentar levantar com o pé direito e, se possível, contornar malfeitos e
defeitos, o quê faz um prefeito eleito de cidade que juram não ter mais jeito?
Estão
em atraso as notícias sobre a falta de balneabilidade nas praias de São Luís ou
sobre a escassez de turistas na cidade?
Visto
que o primeiro assunto é sempre muito sujo, tentemos o outro.
Não
fosse o labor itinerante de nossas autoridades, a pasta governamental já teria aderido
ao Tour do Dino há meses, dizem.
No
Maranhão é assim.
De
tempos em tempos, damos um tempo a tudo que nos exija muito tempo.
Hyakumanto Darani (documento japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história), um relato dos astecas com a primeira menção do Menino Jesus no Novo Mundo, trabalhos de cientistas árabes sobre álgebra, a Bíblia de Gutenberg, antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil, a Bíblia do Diabo (século XIII).
Estas e outras obras raras do conhecimento estão disponíveis para consulta gratuita na Biblioteca Digital Mundial (BDM), com opção de leitura em sete línguas – inclusive a portuguesa.
A biblioteca – que recebe o apoio da ONU – traz ainda mapas e ilustrações antigos, e é boa fonte para pesquisadores, estudantes e curiosos.
O endereço da BDM está gravado na seção “Fique de Olho”, à direita da página.
Pelo menos
metade de São Luís deve sair às ruas de vassoura em punho, nesta segunda-feira,
na tal operação “Limpeza Rua a Rua”.
A prefeitura não informou, entretanto, quantas estão aptas a varrer ou
voar.
E quanto às
ruas, quantas mais esperam varrer do mapa?
O golpe corre
no Estado mais que notícia ruim, afirmam.
Espertinhos sem
um filho perfilham a prole alheia para ter direito ao tal Bolsa Escola.
A tramoia
sai do forno com as bênçãos dos pais biológicos, e é multiplicada por bônus
mensal.
Há quem tenha
recorrido à justiça para ter a filharada de volta; há quem tenha encomendado outra.
Estudo dos investigadores Cláudia Pedra e Miguel Santos Neves – apresentado
esta semana em Lisboa – mostra Portugal entre principais rotas internacionais do
tráfico de seres humanos.
As vítimas são oriundas de 17 países, sendo que 70% vêm do Brasil, Nigéria e
Gana.
Em dois anos, os investigadores identificaram 115 vítimas de tráfico, das
quais apenas 17 estavam referenciadas pelas autoridades. Entre 250 e 270 traficados
tiveram Portugal como destino, origem ou ponto de passagem.
De acordo com o estudo, 67% das vítimas enriquecem a exploração sexual.
As mulheres que aceitam abandonar o país de origem com a falta promessa de
emprego no exterior são vendidas em Portugal por 35 mil euros – pouco mais de
R$ 80 mil.
Há tantos
buracos em São Luís que contratar empresas por R$ 4,5 milhões para pavimentação
faz de contas tem efeito igual a tentar remendar os canos do sistema Italuís
com grude.
O pior é o
que não cola ou o que a um sopro descola?
Exceto por
um triz, São Luís é quase Paris.
A prefeitura
deve conter excessos e corrigir a tempo más interpretações da sua “Limpeza Rua
a Rua”.
A operação
terá com foco a retirada do lixo urbano de São Luís e, não, a sangria do bolso
dos contribuintes.
Já
imaginaram as quadrilhas pré-juninas de Pedrinhas a aproveitar o movimento para
primeira apresentação?
Capital recebe operação de limpeza pública na segunda-feira, promete a prefeitura.
Até terça,
não ponha a cara suja fora de casa.
Sabe-se lá o
que entendem por lixo ou capricho, por aterro sanitário ou desespero
solidário, concorda?
O lixo
recolhido terá como destino qual ribeira?
A fronteira
São Luís – Rosário?
Seriam
edipicantes as tais conversas sexuais do pastor Marco Feliciano com fiéis da
sua igreja, e interceptadas pela polícia.
As
edirficantes, propriedade particular do colega Macedo.
Lembram dos policiais
de Pernambuco que supostamente teriam assassinato um empresário em Bacabal, em
abril?
Devido ao
tamanho do Maranhão, os dois ainda não chegaram a São Luís.
Longe assim, nem o infinito.
Prefeitos e
eleitores ainda não se deram conta, mas com a leva de médicos cubanos que virá ao
Brasil pode vir a resposta convincente para a renovação política que o Maranhão
carece há décadas.
Sabe como é!
Já estavam manjadíssimos
e improdutivos os arranjos “meu motorista”, “meu capataz”, “meu tesoureiro particular”.
Quem tiver o carro roubado ou quiser devolver espontaneamente o bem não precisará mais pagar as
prestações do veículo, caso possua
contrato de financiamento na forma de leasing.
A
decisão é da juíza de Direito Márcia Cunha Silva Araújo de Carvalho, da 2ª Vara
Empresarial do Rio.
Essa
história ainda vai dar muito pano pra manga, mas, segundo a autora, a sentença
produz efeitos imediatos em todo o país.
A
melhor diversão ao turista que chega a São Luís – garantem – é contar quantos
buracos há em ruas e avenidas, ou tentar adivinhar quantos esgotos em ebulição se escondem sob galhos de árvores e
lixo acumulado.
São Luís vai
receber em junho
Seminário pela Paz e Não-Violência.
E irão discutir
o quê?
O diário da
violência ou o atavismo sectário?
Os
cem mil livros vendidos no Salão do Livro de Imperatriz (Salimp) deste ano transformam a
segunda cidade do Estado em seu maior polo cultural.
A
cada salão literário aberto por lá, São Luís responde com salão funerário.
Livros
por tiros?
Enquanto
cem mil leem para viver, seis milhões sequer sabem porque vivem.
Em
São Paulo, há três anos empresas
não adotam monumentos.
Em
São Luís, há quatro séculos.
Os que não roubaram ou danificaram, ao coco de pombos
atiraram.
Mais e mais famílias rumam para o extermínio moral a
cada dia, e logo um boato sobre o término do Bolsa Família provoca correria e vandalismo
em agências da CEF no Maranhão.
Povo que vive da caridade governamental – dela se
acostuma, e por ela implora – não merece bolsa ou piedade.
Merece extrema-unção.
É o valor da esmola que determina a fundura da
sacola?
Certas notícias,
aqui e ali, nos põem a refletir.
É melhor fraudar
a Previdência ou ousar na imprevidência?
Fico com o Marquês
de Maricá.
“É tal a nossa
imprevidência ou ignorância, que tomamos por um grave mal o que frequentes
vezes é origem e ocasião dos maiores bens”.
A ocasião faz o ladrão, ou não?
Não fale citar aquele
relógio cômico em contagem regressiva, mas qual presente de valor e útil São
Luís recebeu pelos 400 anos?
Em 1961, o astrofísico americano Frank Drake
lançou fórmula revolucionaria: a “Equação de Drake”.
A tal fórmula – um embuste e algo sem nenhuma
utilidade prática – tencionava descobrir, por probabilidade, mundos que poderiam
abrigar vida inteligente fora da Terra.
Pelo menos oficialmente, jamais descobrimos outro
planeta habitado, ou mantivemos contato com seres extraterrenos.
A equação, contudo, ressuscitou nos dias
atuais.
Um grupo de cientistas diz que o trambolho pode ser
aplicado para calcular as chances de alguém encontrar o amor.
Segundo os novos drakenianos, um nova-iorquino de 25
anos tem 825 parceiros em potencial, apenas nos Estados Unidos. Caso use a
fórmula, vai encontrá-los, não dizem onde.
Por mais insistam em relacionar mistérios no amor,
não há mistério algum na química da vida.
O homem tem atração irresistível por complicar a
tudo o que não entende, o deixa fragilizado ou a ele parece fácil demais.
“Cuide bem do seu amor, seja quem for”.
Viu? Os Paralamas do Sucesso decifraram um dos quereres do coração, e nem precisaram sair desse mundo.
Moto Clube
apresentará novo uniforme dia 7 de junho.
Os torcedores esperam
que até lá a nudez de títulos não alcance os jogadores, ou a eles.
A Federação Maranhense de Futebol, por exemplo, ficou pelada depois que ladrões fizeram visita de cortesia a sua sede esta semana.
Os assaltantes chegaram em motos e levaram R$ 80 mil da tesouraria.
Também precisavam de roupas novas?
O campeonato estadual, diz a crônica esportiva, registra a pior média de público em anos.
Pode ser ou não
boa notícia para a prefeitura o anúncio de que o governo vai abrir quatro
restaurantes populares em
São Luís.
Vai depender, é
claro, se o La Ravardière
estiver disposto a trocar pizza por arroz e feijão – teoricamente, mais baratos
e nutritivos –, e abandonar o hábito do “pendura”.
Débito de R$ 600
mil com uma pizzaria saiu do forno, esta semana, direto para o Portal da
Transparência municipal.
Pobre dieta a
dos gestores!
Quanto
mais comem, pior se alimentam.
Depois do sumiço
de binóculos e, agora, de pistola, o 24° Batalhão de Caçadores em São Luís vai ficando mais
e mais conhecido.
Mais pelo caçam
ali – e encontram fácil – do que pelo que o batalhão se predispunha a caçar.
Um dia da caça,
outro também.
Caso a
recomendação da ONU seja interpretada ao pé da letra – e o mundo passe, de
fato, a matar a fome com insetos –, São Luís está próxima do reconhecimento
internacional.
Já imaginaram
nossas muriçocas, moscas e barbeiros a nutrir as periferias famintas do Sá Viana,
Coroadinho e Anjo da Guarda?
Como aqui todo pouco é excesso, não é de duvidar
que o Estado inclua esses alimentos na pauta de exportações do Porto do Itaqui.
De agora em
diante, ao vir um carapanã por aí, proteja-o dos predadores.
A
Cidade Olímpica pode desaparecer por sua omissão ou insensibilidade.
O Distrito da Luz Vermelha de Amsterdã (Holanda) perdeu duas de suas mais ilustres "meninas". As gêmeas Louise e Martine Fokkens, de 70 anos, as mais antigas prostitutas da cidade, anunciaram a aposentadoria.
Juntando as duas, são mais de cem anos de experiência na alcova. Nesse período, elas fizeram sexo com cerca de 355 mil homens!
Louise, que tem quatro filhos, sofre de artrite. Segundo ela, a doença torna algumas posições sexuais impraticáveis.
Já Martine admite que tem sido muito difícil atrair clientes nos últimos anos. A exceção, segundo a holandesa que tem três filhos, é um senhor que gosta de sessões semanais de sadomasoquismo.
"Não pude desistir dele. Era como se ele viesse para uma missa de domingo", contou a recém-aposentada, em reportagem do "Sun".
As gêmeas também afirmaram sentir falta dos anos dourados da prostituição em Amsterdã, antes da chegada da máfia.
Fonte: O Globo Blogs
Reúnem maluquices
e esquisitices os truques de venda de imóveis novos em São Luís.
De
eletrodomésticos a carros na garagem, de viagens ao exterior a contas pagas, de
um tudo é ofertado “gratuitamente” ao futuro inquilino.
A estratégia parece
clara: levar o outrora infeliz a pular fora do inferno diário aqui embaixo e
alcançar, a preço módico, metade do paraíso terreno.
Quem
quiser a outra metade – noivo ou noiva – deve esperar os próximos lançamentos
imobiliários ou correr ao cartório mais próximo.
A felicidade existe. Depende do tamanho do seu bolso e do que possa mobilizar.
Viu o anúncio
sobre a chegada da BMW?
“As ruas de São
Luís não serão mais as mesmas”.
Bem, se o carro
mundialmente famoso tem o poder de mudar o visual da buraqueira aí fora, melhor
checar a frota e rota antes do primeiro giro aqui dentro.
Antes de mudar
de cidade, mude de carro ou o trajeto por onde passa.
A Câmara de
Vereadores de Rosário decidiu proibir o acolhimento do lixo de São Luís naquela
cidade.
Depois
da experiência traumática da vizinha Bacabeira, vetam por lá de santo refinado
a fuxico mal proseado.
Enquanto aqui
fora batem cabeça entre culpas e desculpas, os detentos de Pedrinhas dão
seguidos espetáculos de competência.
Ninguém melhor
que eles na arte de escavar túneis sem topar com policiais, esgotos da Caema e a BR-135.
Três túneis
descobertos hoje; nem imaginam quantos mais a caminho.
Tivesse
ferramentas adequadas, a nossa engenharia penitenciária provocaria rombo feio e
longo na imagem do estado.
Parou ou não por
falta de recursos federais, a via que tornaria São Luís mais esplêndida que a
Via Láctea corre o risco de ficar na obscura companhia do tal VLT.
O ludovicense
deveria estar acostumado.
Fora da vitrine,
o que aqui não dá passo em falso, cai em compasso de espera.
A quem
interessar o motivo a deixar São Luís de fora da rodada de negócios
do petróleo:
Há décadas
esburacam impiedosamente a capital, e o máximo que conseguem enxergar é a coisa
preta.
O petróleo
exerce poder mágico na economia mundial, e não é diferente por aqui.
Prefeitos entusiasmadíssimos
com a venda de blocos de exploração neste Estado espalham rápido pela Rádio
Pequi:
“Ouro negro”, “nota
preta” e “a cor do dinheiro” são parentes queridos da família que voltam pra casa.
A deles.
Os “fumacês” retornaram a São Luís.
Mais modernos e melhor equipados, podem até não
afastar o mosquito da dengue, mas é arma poderosa contra o mau-olhado,
garantem.
Para o tal aedes aegypti, mande aviar cópia de
retrato autografado da rainha Nefertiti.
O Maranhão ocupa 14º lugar no país na oferta de
defensores públicos.
Os 112 profissionais em atuação no estado deveriam atender,
cada um, a 58.703 maranhenses.
O número é irrisório, contudo há casos bem piores: Amapá, Goiás e Paraná não
concluíram, até agora, os primeiros concursos para provimento de cargos nessa área.
Segundo levantamento do
Migalhas, o Brasil conta com 5.166 defensores públicos para mais de 190 milhões
de habitantes.
O Rio de Janeiro possui 789 defensores na ativa (o
maior efetivo entre os estados), contra 610 de São Paulo.
A função da defensoria pública, a quem não sabe, é prestar
assistência jurídica integral e gratuita ao cidadão que comprovar insuficiência
de recursos.
São Luís
anunciará em breve mais um shopping.
A obra, já
iniciada, tem como vizinhos São José de Ribamar, o Maiobão e o cemitério Jardim
da Paz.
Nem tão vivos
e nem tão mortos irão garantir a viabilidade do empreendimento, parece óbvio.
As seguidas
apreensões de queijo não-fiscalizado produzem inquietação preocupante na
economia maranhense:
Por mais se perguntem, os técnicos não sabem responder se houve aumento
expressivo da bacia leiteira do Estado ou da fome de gatos e ratos?