
Não lembrava se chorara, não lembrava de coisa alguma senão da voz do mensageiro a trazer dor que não conhecia.
Lá pelas tantas, ainda com o vestido da noite anterior, rumou ao cabaré do sucedido.
Encontrou o homem inerte em chão que lhe parecera lavado com sangue. O senhor de posses e poder de mando mantinha os olhos abertos, e dele não escapam palavrões e gestos.
As quengas e o farmacêutico tentavam a custo estancar o maldito sangue negro que saltava aos borbotões de todos os malditos orifícios daquele corpo que a tantos mandou saber do inferno antes.
Durante três dias e três noites a senhora e as quengas esperaram o último suspiro do sangue.
Durante três dias e três noites esperaram médico e padre que soubessem do senhor à espera de outro mundo também seu.
Senhora e quengas lembraram.
Exceto o senhor, todos os que conheceram a única entrada e saída da cidade estavam mortos, mais mortos que o homem que os mandara saber como escapar do inferno.
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