O dia foi de festa para os gatunos de todos os bairros e invasões de São Luís.
Enquanto os policiais militares bancavam os grevistas, ladrões e larápios começaram a agir mais cedo que de costume. Muitos, na verdade, trabalharam sem interrupções, e ser molestados, desde a segunda-feira.
A greve policial acordou a cidade.
Quem passou em frente à Assembleia Legislativa pensou em publicidade do governo, tal era o número de viaturas reunidas.
Houve quem pensasse o pior. “Vieram prender deputados e assessores”.
Vários parlamentares não entraram nos gabinetes sem antes conferir a pressão e o coração na UDI Hospital, ali perto.
Um radialista, em programa ao vivo, defendeu o direito dos grevistas, mas protestou quanto ao uso das viaturas, “um bem público”.
No auge do impasse alguém lembrou dos dois coroneis em lados opostos do movimento, ambos no comando da “Operação Tigre”, em Imperatriz.
O espetáculo foi ao ápice quando circulou a versão de que o comando metropolitano da polícia deu ordens para o fim da greve, sob ameaça de prisão dos líderes e uso da força, se necessário.
Para quem perdeu o primeiro round, dia 23 tem mais.