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terça-feira, 21 de agosto de 2012

O verbo e a verba

O prefeito-candidato e o candidato do governo ficam distantes não apenas nos índices de intenção de votos.

É dispensável qualquer cálculo.

Basta ver as campanhas e saber logo onde o milhão sobra, onde o tostão não dobra, onde o discurso não obra.

Na mão do eleitor, nem cifrão.

Que horas são?

O candidato a vereador Fábio Câmara deve ter recorrido a lema de campanha trocado ou li troço errado.

“O amigo da hora certa”, creio, não é bem o que esperam os amigos e eleitores dele, que nessas horas desejam confiar em um amigo de todas as horas.

Mas isso é deslize de político neófito.

Para quem quer mandato, toda hora é hora, aprende rápido quem chega lá.

Com o passar das horas, o candidato também vai.

A caminho do descaminho

Licença para duplicação da BR-135 pode sair este ano, diz DNIT.

Esse “pode sair” não nega o parentesco.

É irmão do “não sai” e filho do “não sei quando”.

A quem espera uma geração por obras na rodovia federal, os próximos 400 anos de São Luís começam em setembro.

Até lá, vamos duplicar paciência e penitência.

Ai, terrinha!

O povo português vive inferno astral sem precedentes na aventura do euro.

Finanças desorganizadas, salários em baixa, desemprego e falta de dinheiro para movimentar a economia são os sintomas mais visíveis da crise.

O aumento de combustíveis – que a população considera abusivo – desencadeou nova onda de protestos.

Há ameaça de fechamento de 350 postos naquele país e o desemprego em massa no setor.

Quem mora próximo à Espanha vai abastecer o carro no quintal vizinho.

Caçados pela polícia, os traficantes espanhois rumam para Portugal.

Fosse pouco, o governo luso foi buscar esta semana empréstimo de 1 bilhão de dólares da China.

Terra que nos deu Fernando Pessoa e Fernando Namora merece melhor sorte.

Hilário eleitoral

Nenhum candidato um mínimo sensato mostraria a cara na tevê para o escárnio ou pavor do eleitor.

Dizer o quê?

Meu nome é...

Enéas era único. A maioria, ao contrário, não consegue interpretar nem a eles mesmos ou lembrar decoreba de única frase.

O pior é que a maioria esbanja coragem.

De se expor ao ridículo e de muito mais.