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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A flores e os espinhos

Em madrugada de homenagens a São Luís e a Joãosinho Trinta, chega pela Globo a cobrança pelo “esquecimento”, no desfile da Beija-Flor, a outro maranhense famoso: o pedreirense João do Vale, morto em dezembro de 1996.

“Pisa na fulô, pisa na fulô / Pisa na fulô, não maltrata meu amô...”.

Só assim a gente ia saber quem, atrás de beija-flor, sua flores pisou.

Cozinha de escândalos

A presepada de voltar a sediar uma Copa do Mundo de Futebol deveria custar ao país em torno de R$ 42 bilhões.

Deveria.

A dois anos do evento, o dinheiro torrado até agora ultrapassou R$ 72 bilhões.

Serão doze sedes no Brasil, quando os outros anfitriões tiveram oito.

Após a competição, exceto nos estados do Sul e Sudeste haverá estádios suntuosos e vazios país afora.

O custo de manutenção desses colossos virá dos cofres públicos.

Os gastos com a copa sugerem baita corrupção e mil e um arranjos para favorecimento de “amigos” e aliados políticos.

Não é de hoje que a coisa pública e o esporte se locupletam em longa lista de irregularidades.

Lembra do Panamericano no Rio?

Pois você e eu somos os únicos.

O Pan carioca tinha previsão de desembolso de R$ 400 milhões. Custo final: R$ 3,5 bilhões.

Construída em cima de um pântano, a Vila do Pan está afundando.

O velódromo e complexo aquático Maria Lenk? Abandonados.

Qual o preço de uma Copa do Mundo?

Um ego feminino sem eco.