A última do Joãosinho

O Carnaval jamais será o mesmo.

O país soube nesta sexta-feira da existência de Gláucia Custódio Siqueira Trinta, 28 anos, técnica em enfermagem e viúva de Joãosinho Trinta.

Os dois casaram em Brasília um ano antes da morte do carnavalesco, quando ela cuidava dele.

Solidário com o sonho da moça em se tornar médica, Joãosinho prometeu ajudá-la: propôs casamento e pensão, que Gláucia diz nunca ter recebido.

Duvidar da história? Não vejo motivo.

Pra quem criou tantas fantasias, nada mais natural que o peralta protagonizasse uma só sua.

Será o Benneditto?

A cada dia os artistas se tornam mais inventivos que a arte.

A ótima Rita Ribeiro cai no embalo e anuncia ao mundo a troca do nome artístico. Daqui pra frente será Rita Benneditto.

Acredito em boa justificativa astrológica a puxar a mudança, e é possível não haver nenhuma.

Rita cansou de ser Ribeiro. Cansou de ser regato e quer por perto todos os veios d´água.

Caso a voz continue bela, traga junto a si quantos Bennedittos lhe aprouver.

Apesar de o gosto ser fardo unicamente pessoal, certas observações são por demais tentadoras.

Nesse caso, creio, a construção da carreira passa por ciclo completo de reconstrução.

- Conhece a Rita Benneditto?

- Não!

- Era a Rita Ribeiro...

- Ah, sei sim!

Sinceramente, espero que a coisa fique por aqui.

Ainda que verdadeira fã do vozeirão em jazz da “Marrom” e da genialidade poética de Baleiro, não saberia chamar a uma e outro de Alcione Jesus de Nazareth ou Zeca Balla.

Consultas ao além

Candidatos a prefeito e vereador – e de todos os rincões do estado – preparam caravana, na surdina, rumo a Codó.

Querem ouvir do próprio Bita do Barão quais os remédios supimpas pra urna ofendida e eleição quase perdida.

“Desgostos a gosto a quem não desencantar em agosto”, mandou dizer o pai-de-santo por orixá, tão logo soube da muvuca politiqueira.

O interlocutor do além confessa séria preocupação aos de casa.

Teme que transformem a festa dos encantados em terreiro dos derrotados.

A tentação

A não ser por bola de cristal ou crédito ilimitado em conta, nenhum candidato a cargo eletivo sabe, antecipadamente, como a campanha vai acabar.

Em contrapartida, não há um que não saiba de véspera as razões pelas quais sequer deveria ter tentado saltar o abismo com a perna manca.

Partido ou repartido?

Únicos vereadores do PMDB em São Luís, Osmar Filho e Severino Sales devem garantir a sobrevivência da legenda na Câmara.

Há quem cultive esperança de enxergar um terceiro vulto na bancada municipal, contudo os nomes disponíveis padecem ao tentar seduzir eleitor escabreado.

Maior expressão do partido no Maranhão, a governadora não parece disposta a entrar em briga de muitos herois e nenhum mártir.

Quem, por exemplo, assumiu o sacrifício de caminhar ao lado do vice-governador Washington Luiz, o candidato roseanista à prefeitura?