Roubam-nos de frente e pelas costas, de soslaio e num piscar de olhos, de olhos fechados e outros bem abertos, na conta e no desconto, nos dez por cento e no dízimo.
Roubam-nos no estacionamento, em movimento e no atrevimento, na calada da noite e na balada do dia, no trabalho e no baralho, a paciência e com frequência, o sangue e a sangria, o tempo todo e todo o tempo.
Roubam-nos no peso e no contrapeso, no balanço e na balança, no banco e na banca, no verbo e na verba, no silêncio e na palavra, na ciência e na demência.