São Luís vai reinar na Sapucaí na madrugada dessa segunda-feira.
Tomara que não no reino do faz de contas.
Implicâncias à parte, nove e meio milhões de bênçãos à escola de Nilópolis que vai cantar a Upaon-Açu quatrocentona.
E não será por falta de torcida e brincantes que a Beija-Flor deixará de faturar o décimo terceiro título.
Quem não deixou a cidade rumo ao interior foi flagrado no interior de bares e boates cariocas, em preparo etílico intensivo para o desfile.
Serão duas alas maranhenses na avenida. Outros dois mil, por baixo, foram claquear parentes e amigos e arriscar migalhas no concorridíssimo camarote governamental.
Caso a Beija-Flor seja campeã, a TAM fechará 2012 nas nuvens.
Já imaginaram Neguinho e batuqueiros puxando o raiar do dia na Litorânea?
Festança de semana inteira, no mínimo. Prepare contas e ressaca!
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domingo, 19 de fevereiro de 2012
A santa no carnaval
Sábado de carnaval, e olhei Nossa Senhora.
Nossa Senhora do Sagrado Coração de Maria.
Estava envolta em capa de veludo, mas ainda assim a reconheci.
Um desconhecido a segurava, desajeitado.
“Isso são modos de carregá-la!”, protestei em silêncio, entre ele e eu distância e pressa de não sabermos pra quê.
Há anos Nossa Senhora vem aqui em casa uma vez ao mês, sempre no dia 3.
Há cinco anos é invariável o ritual.
Wilna a recebe pela manhã, cedinho, faz preces, a entrega em outra casa no dia seguinte.
O círculo de orações se fecha na última moradia. E ali reinicia.
“Eta, não há quem reze mais que essa gente!”.
Perguntar por quem rezam, rezam por quê?
Sou besta não de perguntar.
Em tempos magros de fé, benditos os que veem além do próprio ego.
E a santa?
Recebeu lugar cativo à mesa, não há assunto entre quarto e cozinha que não palpite.
Alguma queixa?
Nenhuma. Nem pela insistência do salgar dos assados, que desconfio ser dela. Só desconfio. Mexer não mexer com coisas de família.
Nossa Senhora do Sagrado Coração de Maria.
Estava envolta em capa de veludo, mas ainda assim a reconheci.
Um desconhecido a segurava, desajeitado.
“Isso são modos de carregá-la!”, protestei em silêncio, entre ele e eu distância e pressa de não sabermos pra quê.
Há anos Nossa Senhora vem aqui em casa uma vez ao mês, sempre no dia 3.
Há cinco anos é invariável o ritual.
Wilna a recebe pela manhã, cedinho, faz preces, a entrega em outra casa no dia seguinte.
O círculo de orações se fecha na última moradia. E ali reinicia.
“Eta, não há quem reze mais que essa gente!”.
Perguntar por quem rezam, rezam por quê?
Sou besta não de perguntar.
Em tempos magros de fé, benditos os que veem além do próprio ego.
E a santa?
Recebeu lugar cativo à mesa, não há assunto entre quarto e cozinha que não palpite.
Alguma queixa?
Nenhuma. Nem pela insistência do salgar dos assados, que desconfio ser dela. Só desconfio. Mexer não mexer com coisas de família.
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