A deixa quase nunca é conveniente observada, e esse
é mais um causo a provar a sabedoria do velho ditado.
Certo final de semana, um amigo já falecido é
chamado a acudir uma vizinha que levava surra monstro do companheiro.
Quanto mais os socos e pontapés, mais a mulher
gritava por socorro.
Alertado pela família a deixar o “arranca-rabo”
arrefecer, o homem não ouve os apelos e chama a polícia.
O agressor é detido. Antes que o levassem, contudo, a
mulher fez chegar desabafo a toda a rua:
- Velho safado! Não tem o quê fazer, não, velho? Ele me bate, mas é meu macho!
- Velho safado! Não tem o quê fazer, não, velho? Ele me bate, mas é meu macho!
Desde aquele dia, até sua morte, anos depois, ninguém
naquela casa teve coragem de retomar o assunto.
A começar pelo dono da colher!