Quando a terra não chora

“A gente tá precisando mais de chuva que de prefeito”, ouço em Balsas.

A mulher simples tem  razão infinita.

O município e o Sul do Maranhão penam com estiagem medonha.

O cenário verdejante das lavouras de soja foi substituído pela terra esturricada, coisa feia de se ver.

Desolação e calor insuportável andam de par. Os dois desaprumam o juízo.

O pôr do sol é lindo, mesmo que o vermelhão do céu chame tristeza.

Choveu nessa quinta-feira na região. Não o tanto que a terra carece.

“A gente tá precisando mais de chuva que de prefeito”.

A frase é de uma cozinheira de hotel.

Com dizer tão profundo, nem precisei perguntar se sabia cozinhar.

Quando a terra não chora, faz com que chorem por ela.

De volta

Estive três dias afastado do Cuscuz, sei, mas foi por boa causa.

Fui ao Sul do Estado a trabalho. Estradas nem sempre boas, distâncias intermináveis, lugares onde a internet é mito.

Banda larga? O mini modem clama por larga paciência

Conto mais tarde o que vi por em Balsas e arredores.

É só o tempo de um banho e um café.

É bom estar de volta.