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domingo, 22 de maio de 2011
A moda segundo Cath
Li certa vez sobre Ibrahim Sued, que ditou o colunismo social pós 64.
Tinha única calça quando começou a cobrir festas. Ao chegar à pensão, estendia a peça sob o colchão. No dia seguinte, outras festas, a mesma calça sem um amassado. Segundo ele, ninguém notava.
Sued fora buscar no passado dizer absoluto. “A pessoa é quem veste a roupa, e não a roupa quem a veste”. Traduzindo: charme e elegância pessoais são o que contam.
A história me veio ao esmiuçar Coisas da Cath (www.coisasdacath.com), blog no qual Ana Catarina Léda fala com profissionalismo de moda e modelos.
Recebe-me Audrey Hepburn. Tem bom gosto a minha sobrinha.
Bonequinha é rima irrecusável. Ambas um luxo só.
É universo infinito a moda.
Ana Catarina o fez próximo pela criatividade e linguagem despojada.
Não sei de outro blog a contar quase noventa mil acessos em tão pouco tempo de vida.
E não é que Cuscuz Delivery está na lista de blogs imperdíveis da Cath!
Longa vida aos dois, portanto.
A origem da mentira
“No Maranhão até o céu mente”.
Ecoa até hoje a frase do Padre Antônio Vieira, que conhecia o céu duas vezes – pelas orações e pelo saber meteorológico.
Segundo o sacerdote português, no litoral maranhense ocorria fenômeno único no mundo.
A inconstância do sol era de tamanha relevância que ludibriava os marinheiros e os induzia a encalhar barcos. O astrolábio ora indicava um grau, ora dois.
Vieira viveu no Maranhão província de Portugal nos anos de mil e seiscentos.
Percebeu ao chegar que os brancos se mostravam relutantes em converter os indígenas ao cristianismo, e esses continuavam pagãos.
Os brancos forasteiros queriam escravizar os nativos tapuias e furtavam tudo ao alcance dos olhos. Para o bom êxito do plano, não hesitavam em trapacear e mentir.
À insatisfação dos donos do poder com os jesuítas, a quem criticavam por proteger os índios, e à própria fúria pelas circunstâncias, responderia com “Quinta Dominga da Quaresma”, sermão ácido, bem ao estilo vieirense.
“A verdade que vos digo é que no Maranhão não há verdade”.
Viviam sem solidariedade no “Reino da Mentira”, como chamou a esta terra.
O canibalismo dos crustáceos e dos peixes é o que imperava aqui, bradou.
Ecoa até hoje a frase do Padre Antônio Vieira, que conhecia o céu duas vezes – pelas orações e pelo saber meteorológico.
Segundo o sacerdote português, no litoral maranhense ocorria fenômeno único no mundo.
A inconstância do sol era de tamanha relevância que ludibriava os marinheiros e os induzia a encalhar barcos. O astrolábio ora indicava um grau, ora dois.
Vieira viveu no Maranhão província de Portugal nos anos de mil e seiscentos.
Percebeu ao chegar que os brancos se mostravam relutantes em converter os indígenas ao cristianismo, e esses continuavam pagãos.
Os brancos forasteiros queriam escravizar os nativos tapuias e furtavam tudo ao alcance dos olhos. Para o bom êxito do plano, não hesitavam em trapacear e mentir.
À insatisfação dos donos do poder com os jesuítas, a quem criticavam por proteger os índios, e à própria fúria pelas circunstâncias, responderia com “Quinta Dominga da Quaresma”, sermão ácido, bem ao estilo vieirense.
“A verdade que vos digo é que no Maranhão não há verdade”.
Viviam sem solidariedade no “Reino da Mentira”, como chamou a esta terra.
O canibalismo dos crustáceos e dos peixes é o que imperava aqui, bradou.
Brasis
A 355 quilômetros de São Luís um hotel cobra quatrocentos e cinquenta reais pela diária da suíte.
Vá a Presidente Dutra e conheça terra de oportunidades e endinheirados.
Ali o valor dos imóveis se rivaliza com a capital, ouvi.
Se for ponto comercial, triplique o preço ou não leve. Aperreiam não; tem quem queira.
O antigo Curador cresceu enormidade. Corre para faturar a fama de maior pólo
desenvolvimentista do Maranhão Central.
E a tal suíte máster?
Com o que emperiquitaram a belezura sei não, que não paguei e não vi.
Mas que deu vontade danada, isso deu.
Vá a Presidente Dutra e conheça terra de oportunidades e endinheirados.
Ali o valor dos imóveis se rivaliza com a capital, ouvi.
Se for ponto comercial, triplique o preço ou não leve. Aperreiam não; tem quem queira.
O antigo Curador cresceu enormidade. Corre para faturar a fama de maior pólo
desenvolvimentista do Maranhão Central.
E a tal suíte máster?
Com o que emperiquitaram a belezura sei não, que não paguei e não vi.
Mas que deu vontade danada, isso deu.
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