A novidade palaciana

O “carro de som” do candidato Tadeu Palácio foi apresentado como a grande novidade, até agora, da campanha a prefeito em São Luís.

Maior até que as caminhadas pela Rua Grande e o salário de R$ 25 mil a esperar o vitorioso nas urnas.

O “carro” tem controle de decibéis, dizem, e esconde moto adaptada para receber carroceria e alto-falantes – detalhe quase oculto do eleitor.

- Pra mim não passa de um bikelanche moderninho – reagiu um eleitor transeunte.

Intransigências à parte, o “carro” é um bocado bonito.

Reparam na cor? Vermelha, como tudo que se move ou estanca nessa campanha.

E a roda direita? Murcha ou furada?

Como é novidade, deve ser um truque visual para acelerar a performance do candidato.

Una os pontos

A que ponto chegamos!

Somaram entulhos, restos de aeronaves, voos cancelados e em atraso, aditivos e adiamentos, consoantes e vogais de Infraero, e concluíram: 80% da reforma do aeroportinho do Tirirical estão prontos!

A obra – lembre – foi prometida para 20 de agosto.

E daí?

A partir dessa sexta-feira os serviços irão avançar 1% ao dia, ou o dia do juízo final chegará daqui a um mês com 100% de certeza.

A que ponto não chegamos!

Hein???!!!

A divulgação do salário dos prefeitos de capital causou o maior rebuliço pelo país, e penca e renca de opiniões divergentes.

No Maranhão, o candidato governista Washington Luiz (PT) considerou a referência ludovicense – R$ 25 mil, a maior do país – um salário decente para um trabalhador, como ele, em início de carreira.

Gilberto Kassab prometeu fechar mundos e fundos caso não explicassem porque o prefeito de São Luís tem ordenado maior que o prefeito da maior cidade da América do Sul.

Só sossegou o facho quando perguntaram a ele quantos castelos pretende construir na Avenida Paulista.

As ostras e o sal

Em algum ponto entre o início e o fim da Litorânea:

- Ostra, doutor?
- Não, ostracismo, e dos grandes. Só menor que a Rua Grande e seus candidatos sem sal.
- Ostra, doutor?
- Não, salário. E pode salgar à vontade!