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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Orgia tem regra!

Recebi e passo adiante, pelo ineditismo da sentença e do acórdão.

Orgia tem regra. Segundo jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, sim.

O TJ-GO decidiu que o homem que, por vontade própria, participar de uma sessão de sexo grupal e, em decorrência disso, for alvo de sexo anal passivo, não pode declarar-se vítima de crime de atentado violento ao pudor. O acórdão do TJ de Goiás é um puxão de orelhas no autor da ação que reclamava da conduta de um amigo.

L. C. da S. acusou o amigo J. R. de O. de ter praticado contra ele " ato libidinoso diverso da conjunção carnal ". S. alegou que, como estava bêbado, não pôde se defender. Por meio do Ministério Público, recorreu à Justiça. O tribunal concluiu que não houve crime, já que a suposta vítima teria concordado em fazer sexo grupal.

No acórdão, os desembargadores observaram:

"A prática de sexo grupal é ato que agride a moral e os bons costumes minimamente civilizados. Se o indivíduo, de forma voluntária e espontânea, participa de orgia promovida por amigos seus, não pode ao final do contubérnio dizer-se vítima de atentado violento ao pudor. Quem procura satisfazer a volúpia sua ou de outrem, aderindo ao desregramento de um bacanal, submete-se conscientemente a desempenhar o papel de sujeito ativo ou passivo, tal é a inexistência de moralidade e recto neste tipo de confraternização".

Para o TJ-GO, quem participa de sexo grupal já pode imaginar o que está por vir e não tem o direito de se indignar depois. "(...) não pode dizer-se vítima de atentado violento ao pudor aquele que ao final da orgia viu-se alvo passivo de ato sexual", concluíram os magistrados.

Segundo o inquérito policial, no dia 11 de agosto de 2003, após ter embriagado S., O. teria abusado sexualmente do amigo. Em seguida, teria levado o amigo e sua própria mulher, E. A. de A, a uma construção no Parque Las Vegas, em Bela Vista de Goiás. Lá, teria obrigado a mulher e o amigo a tirar suas roupas e a manter relações sexuais, alegando que queria "fazer uma suruba". Em seguida, O. teria mais uma vez se aproveitado da embriaguez do amigo e praticado sexo anal com ele.

O. foi absolvido por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal, que manteve a decisão da primeira instância. Segundo o relator do caso, as provas não foram suficientes para justificar uma condenação, pois limitaram-se aos depoimentos de S. e de sua mãe. Em seu depoimento, E. confirmou que S. teria participado da orgia por livre e espontânea vontade.

Para o magistrado, todos do grupo estavam de acordo com a prática, que definiu como desavergonhada.

"A literatura profana que trata do assunto dá destaque especial ao despudor e desavergonhamento, porque durante uma orgia consentida e protagonizada não se faz distinção de sexo, podendo cada partícipe ser sujeito ativo ou passivo durante o desempenho sexual entre parceiros e parceiras. Tudo de forma consentida e efusivamente festejada", esclareceu o relator.

Aos caçadores de luas

Nem o espaço sideral está livre dos chatos e pirracentos.

Terráqueos de todas as raças e credos extasiados com a “Superlua”, e um astronauta da Estação Espacial Internacional que só a viu “achatada”.

Deve sofrer de miopia aguda ou de amargura incurável o cosmonauta André Kuipers.

É homem do espaço? Pois que fique por lá.

Que importa se registrou o perigeu da Lua!

Perigeu? Ponto da órbita de um astro ou satélite em torno da Terra, no qual ele se encontra mais próximo de nosso planeta, escreve o Houaiss. Grande coisa!

A mim, lunático profissional desde menino, luas provocam contentamento indizível. Foram chamarizes de violão e cachaçadas intermináveis; que continuem nos amigos.

Fosse pelo senhor Kuipers, provavelmente nem teríamos luaradas, nem luaus.

É mania de quem tudo vê por olhos de vidro tentar enxergar respostas que não encontra a meio palmo do olho nu.

“Lua, luar / Ajuda meus filhos a criar” , repete a gente do interior.

Pra não se perder no espaço, mais sabedoria juntou.

O futuro a caminho

Maranhão terá safra recorde de 717,9 mil toneladas de milho.

Bem, não será por falta de mingau que o eleitor vai morrer de fome.

E de sede também não.

Começaram a distribuir água em carros-pipa na capital.

Chique, não?

E a entrega das latas de querosene, quando começa?

Tenha fé! O futuro não nos encontrará desprevenidos.