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domingo, 26 de agosto de 2012

O Poder só (dois)

Apesar do quase meio século como imperador do Brasil, Pedro II está longe de figurar entre os recordistas mundiais do Poder.

Acreditem ou não, o faraó Pepi II ficou 94 anos à frente do destino dos egípcios. Pouco se sabe sobre ele, exceto o seu nome em pirâmide em Sakara.

A rainha Elizabeth II comemora este ano 60 anos no comando do Reino Unido. Avó de Elizabeth, a rainha Vitória foi além: 63 anos.

George III, também inglês, navegou 59 anos pelo Poder.

Luís XIV, o “Rei Sol”, governou a França por 72 anos.

Tio de Francisco Ferdinando – cujo assassinato a história relaciona ao início da Primeira Grande Guerra -, Francisco José I controlou o império austro-húngaro por 68 anos.

Há detalhe surpreendente no clube do poder internacional: Bhumibol Adulyadej, rei da Tailândia há 66 anos.

Nascido nos Estados Unidos e criado na Suíça, em 2009 sua fortuna pessoal foi estimada pela Forbes em 30 bilhões de dólares.

Para desgosto dos adversários, Adulyadej goza de boa saúde e grande prestígio junto aos súditos.

O Poder só (um)

Sabe de alguma autoridade que tenha chegado ao Poder e não tenha reclamado das agruras, incompreensões e sacrifícios sofridos em nome do Poder?

E soube de alguém que, mesmo diante de tantos tropeços, manifestou desejo de transferir o Poder a outro – de boa vontade, é claro!

O nosso Dom Pedro II é um dos ícones mundiais de permanência no Poder: 49 anos.

Chegou ao trono aos cinco anos, mas só aos 14 pode, de fato, exercer o poder de mando.

A antecipação da sua maioridade é obra de políticos – sempre eles, cruzes! –, com o objetivo de sufocar crises e revoltas pelo país. Um exemplo: a Balaiada, no Maranhão.

Pedro II assumiu em nome da “unidade nacional” – expressão que ninguém sabe o que é, contudo, desde então, jamais saiu da politicagem nacional.

Erudito, viajado e amigo de celebridades – entre elas o compositor alemão Wagner e o cientista francês Louis Pasteur –, morreu aos 66 anos.

Sozinho e triste, dizem os historiadores.

O discurso do rei

Que tal cantar oito músicas e receber R$ 5 milhões?

Esse será o cachê – juram – que Roberto Carlos irá papar no aniversário de São Luís.

Caso a fonte esteja certa, cada emoção do “rei” custará a bagatela de R$ 625 mil.

Considerando o investimento com outros cantores convidados para a festança, os R$ 8 milhões gastos no desfile da Beija-Flor foram ninharia.







Festa sem fim

Pior que encarar uma cidade com 400 anos de problemas é saber São Luís daqui a 100 anos.

O Homem há décadas mora em Marte, mas netos e bisnetos dos políticos que aí estão continuarão a brigar pelo bolo do quinto centenário.