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domingo, 5 de maio de 2013

Pobre de ti!



Faz planos para apartamento em área nobre de São Luís? 

Pois tome cuidado com o que vê e te oferecem a “preço tentador”. 

Nos novos prédios e condomínios, as duas vagas na garagem compreendem uma saga, uma coluna e moradores sempre em pressa. 

O seguro do teu carro cobre colisão à porta de “casa” e longe de qualquer lugar não reconhecido pelo GPS? 

Quer rede na varanda e quadros na sala? 

Estás louco?! Qualquer prego ou parafuso por certo vai invadir a privacidade do teu vizinho e futuro inimigo. 

Sabe a diferença entre tijolo de barro e de areia? 

O primeiro custa mais caro, mas é o segundo que você paga a ouro que evapora antes que o imóvel desapareça. 

Quer apartamento em área nobre de São Luís? 

Pobre de ti!

A russos e ruços



Domingo, 5 de maio de 2013. 

Segundo aniversário do Cuscuz Delivery

Queria mais tempo para o blog, mas o trabalho como jornalista puxa exigências sempre mais urgentes. 

Obrigado a quem saboreia diariamente o Cuscuz. A brasileiros de cantos sabidos ou ainda inexplorados do país, a americanos e russos – segundo e terceiro públicos da página. 

(Nem imagino como escrevam ou pronunciem Cuscuz Delivery na língua de Maiakovski).   

Obrigado pelos 24 mil acessos. Obrigado a quem lê e comenta os posts.

Obrigado por quem atura meu humor ácido a São Luís e ao Maranhão.

Porque os amo demais decidi tê-los eternos em fatos e fotos, e sob protesto.

O descobridor



O Brasil não atribui qualquer importância a Duarte Pacheco Pereira (1460-1533), contudo o navegador português – a quem vários historiadores consideram um gênio militar – esteve nesta terra dois anos antes da sua “descoberta” por Pedro Álvares Cabral.

Duarte Pereira aqui chegou em 1498, em expedição secreta a mando de D. Manuel I. Sua missão era reconhecer as zonas situadas além da demarcação do Tratado das Tordesilhas.

Partindo de Cabo Verde, na África, em dezembro daquele ano atingiu a costa entre Maranhão e Pará, de onde alcançou o Rio Amazonas e a Ilha do Marajó.

É evidente que tais localidades não possuiam esses nomes à época. Os registros do navegador permitiram situá-las mais tarde. 

“... Tanto se dilata sua grandeza e corre com muita longura, que de arte nem da outra não foi visto nem sabido o fim e cabo delas. É achado nela muito e fino brasil com muitas outras cousas de que os navios neste Reinos vem grandemente povoados”, relata Pereira em carta ao rei português.

O "brasil" a que o viajante se refere é o pau-brasil, a árvore nobre a dar nome ao país. 

Também matemático e cosmógrafo, Duarte Pacheco Pereira tinha genialidade comparável a Leonardo da Vinci, segundo o historiador e biógrafo Joaquim Barradas de Carvalho. 

Camões, em Os Lusíadas, refere-se a ele por "fortíssimo" e "Grão Pacheco Aquiles Lusitano".