Total de visualizações de página

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O criador e a criatura

O La Ravardière não derramou uma lágrima ao anúncio de Edinaldo Neves de que, eleito for, criará secretaria para combater a corrupção na prefeitura de São Luís.

Sem desmerecer a inédita proposta.

O importante órgão só se justifica caso o candidato saiba casos concretos de desvios ou a lista de viciosos do governo municipal.

Caso contrário, a criatura derreterá bem antes que o inventivo criador.

Estranha como anda a cidade, capaz de nevar até o Natal.

Independência ou sorte

Sexta-feira, 7 de setembro de 2012.

Conseguiu se livrar do cheque especial ou do cartão de crédito?

Da mensalidade escolar ou das contas em shoppings?

Então siga o meu exemplo e entorne lágrimas às margens do Bacanga.

É um bom paliativo para o Ipiranga, não?

Tratamento de choque

A presidente Dilma promete baixar a energia no país em 2013.

Não é justo!

Logo agora que o ministro Lobão está num pique só para retornar ao governo do Maranhão.


Um beijo desajeitado

O beijo gay no programa eleitoral de Leonel Camasão (Psol) se transformou em abre-alas da candidatura dele a prefeito de Joinville.

A questão, entretanto, enveredou por caminho tortuoso.

João Francisco da Silva, editor e colunista do Jornal da Cidade, comparou o beijo gay a "defecar em público", e chamou o gesto de "asqueroso e nojento".

A partir de denúncia de Camasão, a Promotoria de Direitos Humanos e Cidadania do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ajuizou ação civil pública contra o veículo e seu editor.

Ação proposta esta semana pela promotora Simone Cristina Schultz pediu a retirada de circulação da edição nº 50 do Jornal da Cidade - versão impressa e conteúdo de internet - em razão das ofensas.

São previstos multa diária de R$ 10 mil, em caso de descumprimento da decisão, e indenização de 300 salários mínimos por dano moral coletivo, a ser destinada a fundos de promoção da cidadania LGBT.

Apesar da ameaça, o jornal já avisou: vai manter o que disse sobre o assunto.

“Os homossexuais vão para a internet, xingam, ofendem e agridem justamente aqueles, que eles - os homossexuais - querem também transformar em homossexuais", disparou o colunista Beto Gebaili.

Até agora, o jornal vem ganhando a queda de braço.

Entre os leitores, 95% dos comentários são a favor da opinião do JC.

Para tolos

É estranha – para não dizer desumana – essa “torcida” de parte da imprensa nacional por medalhas paraolimpícas.

A proposta de inclusão social dos jogos cedeu lugar, de vez, a braço-de-ferro entre países. Há olhos somente para recordes e vantagens.

Ora, qual o sentido em demonstrar que Estados Unidos ou China têm atletas paraolímpicos melhor preparados?

Mídia e patrocinadores inventam duelos titânicos; colocam em pés e mãos de portadores de necessidades especiais a obrigatoriedade de conquistas que atletas de ouro negaram em Londres.

A cada edição, as Paraolimpíadas se transformam em espetáculo para tolos.

O Brasil, definitivamente, não se enxerga.


Os medalhões

Só pode ser invencionice, ou extrema maldade, o que ouvi de um conhecido.

Dois ou três “medalhões” esquecidos pelos organizadores da festa legislativa estariam dispostos a pagar pequena fortuna à família de homenageados “em memória” com a medalha dos 400 anos de São Luís.

Há quem, muito vivo, não se conforme com a ideia de bater as botas sem antes colocar parte da história ludovicense no peito.

Conhecê-la pelo menos, essa é outra história.