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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Trocando as bolas

O casal ao meu lado no avião leva papo apimentadinho.

Assuntos de sexo vão e ficam, e tento não ouvir a conversa alheia. Impossível, diante das “juras” e “amorecos” a cada momento.

Para comemorar o primeiro ano de casamento, lua-de-mel no Rio, contam-me. Covardia!

Quase metade do voo e a noivinha mostra ao marido uma revista feminina.

O que ela quer que ele veja, e leia, é um artigo sobre os encantos do pompoarismo.

O homem não parece muito entusiasmado com o convite, mas cede aos rosnados da sedutora.

O restante da história. Sei não. Despedimos-nos no aeroporto.

Pobre noivo. Nem imagino o que vai ser a vida do coitado se a novinha troca as bolas e decide investir no novo negócio.



Receita perdida

Certas pessoas deveriam ser proibidas de ir a restaurantes. Sobretudo, de abrir a boca enquanto os outros comem – ou tentam.

Na mesa ao lado da minha, duas mulheres não param de tagarelar.

Em poucos instantes “aprendo” variedade de pratos novos, e para o que servem certos alimentos. E deitam falatório enquanto se empanturram de xícaras de café.

- A beterraba substitui perfeitamente a carne.

- Quem sofre de hipertensão e das coronárias não pode passar sem cebola.

- O chuchu é diurético, sabia?

Meia hora de conselhos, recomendações e cuidados no preparo de legumes e verduras, e saio do local frustrado.

As marocas dissecaram a cozinha da Ofélia, mas não disseram uma palavra sobre qual receita cala gente faladeira.