Mundica, minha avó materna, sacava insistentemente um “como chama” quando queria algo que o nome lhe fugia, fosse o que fosse.
Espanador, vassoura, agulhas de crochê e tricô, os pincinê em francês que nunca soube.
“Menina, traz aí o como chama!”.
E ai das meninas que viviam ao seu lado se não lhe adivinhassem o desejo.
Iam e voltavam até secar as pernas.
Quando Mundica foi embora, arrumaram as trouxas pra não voltar.
Do “como chama” , desse mesmo é que nunca mais soubemos.
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quinta-feira, 22 de setembro de 2011
O tudo e o nada
A atendente de lotérica fica horrorizada ao conferir o valor da mensalidade escolar de minha filha, segundo ano em escola particular.
“Tudo isso?!!!”, quase grita.
Sim, e não é tudo.
“Tudo isso?!!!”, quase grita.
Sim, e não é tudo.
Aprendendo a desaprender
“Ampliação do ano letivo em dez dias aumenta aprendizado do aluno em até 44%, segundo estudo”.
Dez dias? Duvido.
Há anos as escolas particulares diminuem a grade curricular e espicham a permanência do aluno em sala de aula - muitas aos sábados e domingos.
Das públicas nem se fale, tal a carência dos prédios e do material didático.
Alguma melhoria?
Nas particulares. No lucro.
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