Um dia em preto e branco

A imprensa perdeu o foco, mas Eliziane Gama não foi fotografada nesta terça-feira com nenhum pequeno eleitor no colo, e não houve registro em redes sociais de outros candidatos a prefeito em caminhada pela Rua Grande.

No início da manhã correu boato, logo desmentido, de que Tadeu Palácio percorreria a artéria.

“Esse negócio de impugnação de candidatura mexeu com os nervos óticos palacianos. Felizmente ele está com pupilas dilatadas a qualquer poeira eleitoral”, disse um assessor.

Só dela

Há indisfarçável intransigência da crônica esportiva em reconhecer o merecido mérito.

Jornais e internet a tempos não divulgam notícia ou nota sobre derrota do Moto Clube de São Luís.

É bem verdade que o time não entra em campo ou várzea desde a saída do penúltimo presidente, mas isso é assunto para as quatro linhas.

E a quem pertence a importante conquista?

Ao brilho e penteado da aclamada presidente Vera Baldez.

“Essa equipe ainda vai trazer vitórias no balde”, sussurram nos dormitórios.

Limpeza geral

Muito boa e oportuna a iniciativa do Holanda Júnior em sair em defesa de uma São Luís sem sujeira eleitoral durante a campanha deste ano.

A assessoria do candidato a prefeito não divulgou, contudo, se ele pretende retirar pedras do caminho, varrer do mapa o vice Roberto Rocha ou promover vassourada de cargos pela Rua Grande.

Melhor nem saber

Esses noticiários televisivos de final de noite são para quem tem sangue de barata a correr nas veias, ou pode desligar a realidade com único toque no controle remoto.

Neles, o Brasil aparece entre o frio nos termômetros e a falta de aquecimento na economia global. A Europa vai mal, mas é aqui que irão estourar a dívida grega e protestos espanhois.

Qualquer espirro da China é sinal de epidemia de “Gripe A” no Sudeste. A Síria se atira em guerra civil, mas nos fazem crer: todos os civis de São Paulo e São Luís atiram contra nós, e uns contra os outros.

Essas idas de Obama a um ginásio de esportes são suspeitíssimas: o vai-e-vem de bolas de basquete pode despistar algo mais sério que mil ogivas nucleares.

O que tenho eu, nordestino, com os conflitos de espionagem nos quintais iraquiano e afegão?

Quer bom conselho? Apague tevê e luz, feche os olhos e tente não pensar porque chamaram a Hillary Clinton de Monica Lewinsky?

Por que será, hein?