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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Relato dos dias longos

Referi-me em postagem anterior a anúncio de sequestro por telefone, e quase esqueço a motivação para o tema.

No início da tarde de quinta-feira, uma mulher invade agência bancária na Praça Pedro II. Entre gritos de agonia, mal consegue balbuciar o rapto da filha. Aos pedidos de socorro se juntam ecos solidários e o indefectível aviso: “É golpe!”.

A mulher, em transe, nada escuta. Ouvira a voz da filha, era o bastante. O terror se desfaz quinze minutos mais tarde, com a chegada do marido. A “vítima” estava bem.

Antes que a censurem por desconhecer seguidos alertas da polícia a casos dessa natureza, relembro episódio ocorrido há anos com uma amiga jornalista.

Revivi naquela tarde o desespero dela ao chegar à empresa onde trabalhávamos com a notícia do sequestro da filha. Nada do que os colegas diziam a tranquilizava. Como presumimos, era boato. Ainda bem!

Coração de mãe bate diferente dos corações alheios, sempre soube.

Pois reencontrei a amiga horas antes, no almoço em restaurante. Ambas seguem de bem com a vida, ouvi entre sorrisos e relatos profissionais.

Coincidências demais em um só dia.

O rodo da fortuna

O Brasil deve ser mesmo o paraíso dos ricaços.

Passam o rodo sem dó na fortuna do “Senhor Bilhão”, e ele não solta um eike.

Vale lembrar a máxima do mercado financeiro: quem não segura o rodo, roda.

O centro do nada

Excesso de dinheiro – ou escassez de emoções no esporte local – a candidatura do estádio Castelão em São Luís para centro de treinamento de seleções na Copa 2014?

Isso é o que dá mendigar os restos da cozinha.

O sequestro

Aconteceu em São Luís, não faz muito tempo.

Madrugada alta, um “sequestrador” acorda senhora com telefonema aterrador.

- Seu filho mais novo foi sequestrado. Pague o resgate, senão ele morre.

Mais de oito décadas de bem viver nos costados, a senhora não perdeu a impassividade e o fino trato diante dos pequenos contratempos.

- Pois dê surra bem dada nele, que não são horas de “menino” de quase 60 anos estar fora de casa!

Pego de surpresa no golpe, o “sequestrador” reage às turras:

- Vai dormir, velha doida!

E ela foi. Tranquilíssima.