Operação descontrole

A Prefeitura patrocinou mais uma grande lambança no já conturbado trânsito de São Luís.

A avenida Jerônimo de Albuquerque amanheceu tomada por “asfalto” recente, máquinas, motoristas furiosos e sequência ininterrupta de barbeiragens e ultrapassagens malucas.

A quizumba atingiu o clímax no Elevado do Trabalhador, onde o estreitamento da pista só permitia a passagem de um veículo por vez.

Próximo ao hospital do Ipem, um equipamento pesado podia ser visto atravessado entre o resto de avenida e o meio-fio.

E tudo isso para dizer que o prefeito trocou quatro anos de gestão pelo bem-estar da São Luís quatrocentona.

E a Guarda Municipal no controle do trânsito?

Descontroladamente sumida em algum ponto sem nó.

É tudo arroz

Lá pela década de 70, uma missão japonesa veio ao Maranhão com foco em investimentos.

De olho nos dólares estrangeiros, o estado nomeou equipe para mostrar o nosso potencial econômico aos visitantes. E assim foram mostrados a eles desde o embrionário Porto do Itaqui ao Campo de Perizes, o “maior campo orizícola irrigado do mundo”, segundo os anfitriões.

Os nipônicos ficaram maravilhados com o sobrevoo a Perizes, e prometeram voltar.

Dizem que, após quarenta anos, a história ainda é contada em pequenos círculos no Japão.

Plantadores milenares de arroz, os japoneses ficaram abismados como pudemos confundir a gramínea com capim e, de quebra, desconhecer a influência das marés nos campos – detalhes que sabiam desde o tempo dos samurais.

E aqui no Maranhão, também contam, há quem espere até hoje os investidores.

Os ingênuos

“Cidades do País podem ganhar até 8.345 novos vereadores em 2013”.

Pelo menos noventa por cento dos futuros edis mostrarão trabalho profícuo pela concessão de títulos de cidadania a amigos e apoiadores de campanha.

Cinco por cento a enviar mensagens de felicitações.

Os outros cinco se dedicarão a legislar sobre o que existe e nunca tomarão conhecimento.

Pelo menos quarenta cidades do Maranhão manifestam interesse em ter mais vereadores, a começar pela capital.

Nesse caso em particular, concordo.

O Índice de Desenvolvimento Humanitário da nossa gente vive momentos de horror.