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sábado, 27 de abril de 2013

Os esconderijos



“O dono da panificadora foi levado para o hospital e passa bem, ele está em observação aguardando o parecer médico para saber se vão retirar, ou não, a arma que está alojada no braço dele”. 

Após leitura em site de notícias dos detalhes de assalto a uma panificadora na Camboa, percebe-se os lugares estranhos onde os bandidos escondem armas em São Luís 

Já pensaram tal arma alojada em pão francês ou na pélvis de uma das clientes?

Chuva ou enchente?



A mulher  pergunta se a chuva medonha “tava na previsão”. 

- Tava não, respondo ligeiro. 

Precisava?

Em terra que até o céu mente e o diabo consente, o povo que aguente as desculpas da autoridade competente, as mil culpas do inconsciente.

O cozinhar dos dias quentes



Terra esquisita esse Maranhão. 

Por mais falte água nas torneiras e bombeiros nos quartéis, o povo não retrocede um passo no fazer e no abrigar dos incêndios.

Lá vem São João!

Viu?!!!

Fogo pequeno por aqui atiça fogueira e foguetório, avia cachaça, cozinha buchada, enche bucho de moça namoradeira.

Sujou!



É sempre alentador saber que a cada dia mais ludovicenses se armam contra ações arbitrárias do poder público. 

Traficantes do Anjo da Guarda, por exemplo, correram com os garis que teimavam em bisbilhotar as duas toneladas de lixo amontoadas no bairro.

A limpeza a área é tarefa exclusiva deles, avisaram à prefeitura.

Ainda trêmulo com o recado, um dos garis diz: não retorna ali nem sob a guarda de mil anjos.

Que sorte a morte!



Enquanto os traficantes em São Luís matam uns aos outros – segundo versão da polícia –, os mortos que a imprensa conta aos montes têm rosto e perfil de quem não usa nem água de cheiro. 

Vai ver, uns e outros – e também a morte e a sorte – são desovas da virtualidade.

Às traças



Quem passa pela Beira-Mar, e lança olhar atento a caminhões e ao lameiro em parte da avenida, leva a dúvida: 

Os serviços são de contenção de área que ruiu da Praça Gonçalves Dias, ou de destruição da Praça Maria Aragão?