A caminho e ainda mais longe

Ou os candidatos a prefeito de São Luís estão numa pindaíba danada ou querem chegar ao La Ravardière mais fininhos que o primeiro contracheque.

Reparem só! Todo dia é o mesmo chove não molha.

Todos caminham rumo a algo mais distante que o além-mar, e nem assim saem dos arredores da Rua Grande.

Pois saiam da mesmice! Enquanto uns caminham, outros descaminham. Pelo menos isso.

A fraude e a força

"A fraude é o braço esquerdo do homem: o braço direito é a força. Muitos homens são canhotos, eis tudo."

E o que insistem em forçar a natureza e se valem de braços e mãos com idêntica eficiência para atos fraudulentos?, pergunto ao mestre Machado de Assis.

Não vale fraquejar

Praias poluídas afastam turistas de São Luís.

A notícia é quase tão velha quanto o tsunami turístico que virá invadir a ilha. Ano após ano, nem marola, nem esboço de ola.

Choram hoteleiros e donos de bar e restaurante por camas e mesas em desesperadora espera.

Os lojistas também choram. De rir.

A Caema não chora porque para tantos esgotos fará seu bolso chorar o ano inteiro.

Quem diria!

Um mar de gente invade os shoppings da capital nessas férias. E não foi nem preciso apressar a Via Expressa.

Vale falar de tudo, desde que o monossílabo não comece ou termine em “moda praia”.

Até quem arrisca um “Fique na moda. Fuja da praia” periga pular fora da galera.

A menos de dois meses dos 400 anos, São Luís vai receber parabéns pelos fundos do sobrado caído.

Não espere quatrocentos anos. Curta agora merecidas férias em seu shopping favorito.

A vida é bela, solta feras, mas ainda assim vale festejar – se bem que não se saiba o quê.