Encontro vendedor de caranguejos em Carutapera (a 538 quilômetros de São Luís).
“E a cambada?”
“Quatro reais.”
“O mesmo preço da capital?”
“A de lá tem quatro, a minha dez”.
Lembrei-me das cambadas de menino.
Na São Luís dos anos sessenta, vendedores vinham à porta de casa oferecer seus produtos – frutas, verduras e tralhas.
Caranguejos e peixes-pedra eram vendidos em cambadas – seis unidades na época.
Caranguejo e camarão, comidas de pobre.
A de rico? Galinha.
“Quando pobre come galinha, um dos dois está doente”, diziam.
Pobreza sempre houve.
A miséria, essa foi invenção dos políticos.
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