Vem das rádios a lembrança mais próxima do Finados, eu menino.
Mal começava o dia, e o dia todo, só ouvíamos “músicas fúnebres”.
Era como chamávamos as músicas sacras que a Timbira, Gurupi e Educadora despejavam em tristeza sem fim.
Era dia de ouvir a morte, de choro ainda maior que o pesar por quem partiu.
De esconder alegria e pecados, e os papagaios de Zezé Caveira.
Um dia, sei quando não, o Finados findou.
Levou embora tristezas e saudades, levou os mortos que desfilavam pela Rua do Passeio.
Levou São Luís, o Caminho da Boiada e o Apicum. Se mortos, não sei.
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